A menina Eloah Pietra Almeida Alves dos Santos, de 2 anos, que havia sido sequestrada no bairro Parolin, em Curitiba, foi encontrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (24) em Campo Largo, na região metropolitana da capital. A autora do crime, uma mulher de 40 anos sem antecedentes criminais, foi presa e segue detida.
Em coletiva de imprensa realizada neste sábado (25), em Matinhos, o delegado Thiago Teixeira, chefe do Grupo Tigre, revelou que a mulher pretendia criar Eloah como sua filha. Segundo ele, a sequestradora não demonstrou arrependimento durante o depoimento.
“Ela relatou que seu objetivo era criar a menina como se fosse sua própria filha. Não encontramos registros de crimes anteriores ou comportamentos semelhantes no sistema”, afirmou o delegado. A mulher, que já é mãe de um jovem de 23 anos, teria planejado o sequestro e abordado outras crianças em Campo Largo antes de decidir levar Eloah.
Família de Eloah e o reencontro
A menina foi levada inicialmente à sede do Grupo Tigre antes de ser entregue à família. No reencontro, os pais notaram mudanças no visual da criança: o cabelo havia sido cortado, alisado e pintado de loiro, possivelmente para dificultar seu reconhecimento.
Apesar disso, Eloah estava em bom estado de saúde. “Ela já brincava, estava no colo da mãe e havia mamado. A família está aliviada e grata pelo desfecho positivo”, declarou o advogado da família, Leonardo Mestre.
Contexto do caso
A investigação apontou que a sequestradora estava à procura de uma criança para adotar ilegalmente. Um dia antes do crime, ela avistou Eloah andando pela rua com a mãe e planejou a abordagem.
De acordo com a delegada Patrícia Paz, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), os pais de Eloah não foram negligentes. “Apesar da vulnerabilidade de recursos, é uma família que faz o melhor pelas crianças dentro das possibilidades”, destacou.
A mulher será indiciada por subtração de incapaz e permanece à disposição da Justiça.