Encontro reuniu profissionais dos cinco programas de residência da Autarquia Municipal de Saúde.
Os profissionais dos programas de residência estão sendo preparados para prestar cuidados paliativos na saúde pública. Acompanhamento humanizado que se estende não apenas a pacientes em fase terminal, mas também em situações de doenças crônicas e que necessitam de assistência contínua.
Nesse processo, não é só o paciente que precisa de atenção, mas também a família ou até vizinhos que dividem a dor, o cuidado e muitas vezes o luto. Por isso, o atendimento é multidisciplinar e cada profissional contribui com um olhar diferente, que somado garante cuidado integral.
Tudo isso foi discutido nesta quarta-feira (03/09), no polo UAB, no Encontro Integrativo do programa de residências da Autarquia Municipal de Saúde. A capacitação envolveu médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, dentistas, farmacêuticos, educadores físicos e assistentes sociais.
O prefeito Rodolfo Mota lembra que atualmente a Autarquia de Saúde desenvolve cinco programas de residência: Medicina de Família e Comunidade, Atenção Básica, Enfermagem Obstétrica, Saúde Mental e Dermatologia. No total, são mais de 100 profissionais, que atuam em locais como Unidades Básicas de Saúde e nos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPs).
Segundo a coordenadora da Comissão de Residências Multiprofissionais (COREMU), Adriana Prestes do Nascimento Palu, a residência é uma pós-graduação com 80% de atividades práticas. Os residentes mergulham na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e, conforme ressalta Adriana, essa experiência provoca reflexão, ajuda equipes locais a repensarem rotinas e garante novas estratégias para melhorar os serviços.
Convidadas de Londrina, a médica Beatriz Zampar e a enfermeira Vânia Alcantara – que são especialistas nesta área – compartilharam experiências sobre cuidados paliativos. Elas são servidoras da Prefeitura de Londrina que, desde 2021, estruturou uma rede voltada a pacientes com doenças crônicas. No dia a dia, de acordo com elas, o objetivo é auxiliar pacientes e famílias a controlar sintomas, aliviar sofrimentos e enfrentar o tema da morte.
Para Daiene Mazza Titericz, tutora da Residência Multiprofissional, o encontro é essencial na formação. Ela destacou que, mesmo sem ter ainda uma rede estruturada em Apucarana, os residentes já vivenciam situações de cuidados paliativos em UBS, CAPS, hospital e atendimentos domiciliares. Ela avalia que esse aprendizado amplia o olhar dos profissionais e prepara para um cuidado mais humano e integral.