Em um acalorado debate promovido pela OAB de Apucarana, na última sexta-feira (13) os candidatos à prefeitura discutiram temas sensíveis, com destaque para acusações relacionadas ao uso da máquina pública. O candidato Paulo Vital abriu sua fala citando uma ação movida pelo Ministério Público contra o candidato Rodrigo Recife.
Ação do Ministério Público e Acusações
Paulo Vital afirmou:
“Hoje, acompanhando o noticiário, vi que o Ministério Público ingressou com uma ação de investigação judicial eleitoral contra o candidato Rodrigo Recife. Isso ocorreu porque, no dia 21 de agosto, o candidato teria feito uma reunião na ACEA, às 15h, com a presença de 200 funcionários públicos. O Ministério Público apresentou essa ação pedindo a cassação do registro da candidatura de Recife, a inelegibilidade do prefeito Junior da Femac, do vice-candidato Gentil Pereira Filho, e do próprio Rodrigo. Queria que você comentasse essa reunião realizada na ACEA e se esse será o padrão da sua gestão: o uso da máquina pública em favor de interesses pessoais.”
Resposta de Rodrigo Recife
Rodrigo Recife respondeu diretamente às acusações, negando sua participação na reunião e focando em suas propostas de campanha:
“Primeiro, eu não estava presente nesta reunião. Fiquei sabendo dessa ação agora há pouco, porque estou em um movimento muito forte de campanha, conversando com a população de Apucarana, levando nossa mensagem e propostas para a cidade. Tomei conhecimento disso recentemente, e com certeza nosso advogado dará seguimento à ação. Eu não estava presente nessa reunião, então acredito que essa pergunta poderia ser feita a quem a organizou. Estou aqui para discutir propostas, para falar de futuro da cidade, e esse não será o padrão da minha gestão. Quem vai assumir a prefeitura, caso eu seja eleito, será o Rodrigo Lievori. Nossa gestão será baseada em atenção às pessoas, sensibilidade, responsabilidade e compromisso com Apucarana.”
Contra-argumentação de Paulo Vital
Paulo Vital, reforçando suas críticas, trouxe à tona questões jurídicas e um padrão de gestão que ele considera inadequado:
“O bom dessa discussão é que nós três somos formados em Direito, então temos conhecimento jurídico. Sabemos que o beneficiário do ato ilícito não precisa estar presente na reunião para ser penalizado, e essa é toda a fundamentação do Ministério Público. Percebemos um padrão: o principal apoiador de Rodrigo Recife é o prefeito municipal, que cometeu diversas irregularidades. Inclusive, a empresa de propriedade dele prestou serviços à prefeitura em mais de 40 obras.