Fernando Felipe, conhecido como “Repórter Selvagem” do Canal 38, publicou um vídeo esclarecendo a situação que levou à proibição de seus trabalhos voluntários de resgate de animais silvestres. Há anos atuando na cidade de Apucarana e região, Fernando explicou que seu trabalho envolvia o resgate e a reabilitação de animais, em colaboração com órgãos como a Polícia Ambiental, Bombeiros e Guarda Municipal.
Fernando detalhou que, em decorrência de uma denúncia feita ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e à Polícia Ambiental de Londrina, seu trabalho voluntário foi comprometido. A denúncia, conforme explicou, alegava que ele estava atuando sem a devida autorização, o que resultou em uma investigação que culminou na suspensão de suas atividades.
“Foi uma situação complicada. O denunciador, que aparentemente não é da nossa região acabou prejudicando não apenas a mim, mas toda a comunidade e os animais que eu atendia,” afirmou Fernando.
Fernando destacou que, ao longo dos anos, ele investiu recursos pessoais significativos no resgate de animais, gastando entre R$600 e R$1.000 do próprio bolso com combustível, transporte e equipamentos. Sem o suporte financeiro e institucional adequado, ele alegou que a proibição afeta diretamente a população e os animais da região, uma vez que a capacidade dos órgãos ambientais locais não é suficiente para atender a toda a demanda.
“Quem realmente foi prejudicado foi a população e os animais. Meu trabalho sempre foi documentado com boletins de ocorrência e atendia a uma necessidade real da comunidade,” ressaltou Fernando.
Com a proibição em vigor, Fernando anunciou que não poderá continuar com os resgates de animais, embora planeje manter seu programa de televisão e continue suas atividades como empresário em outros setores. Ele recomendou à população que entre em contato com o telefone do Meio Ambiente de Apucarana (43) 3423-0142 para emergências relacionadas a animais, e sugeriu que, em caso de problemas, a ligação seja direcionada ao IAP de Londrina.
“Mesmo com essa situação, vou continuar a lutar pelos animais de outras formas e a manter meu compromisso com a comunidade. Espero que a população continue a apoiar e a buscar alternativas para o resgate e proteção dos nossos amigos animais,” concluiu Fernando.
O caso reflete a complexidade e os desafios enfrentados por voluntários que trabalham na proteção e resgate de animais, especialmente quando lidam com regulamentações e denúncias que podem impactar suas atividades essenciais.