A cidade de Arapongas foi local neste domingo (03) de mais uma manifestação do “Movimento Reaja Brasil”, ato que ocorre simultaneamente em diversas regiões do país. A concentração aconteceu na Praça Mauá, reunindo apoiadores da direita, em manifestação contra decisões do Supremo Tribunal Federal e em defesa da liberdade de expressão.
Eduardo Fialho, um dos organizadores locais, explicou os fundamentos do movimento:
“Esse movimento então que teve início após a atuação do ministro Alexandre de Moraes e algumas últimas decisões que ele tomou, esse movimento acabou ganhando bastante força em todo o território nacional, principalmente nos grandes centros, nas grandes cidades, mas acabou tomando bastante força mesmo esse movimento, que está ao inverso, não é a classe política que está chamando o povo para vir para a rua, é o povo que está chamando o político agora para tomar a decisão, para manter posição e para lutar contra o que vem acontecendo no Brasil. A gente vê muitos movimentos voltados para a direita, principalmente a respeito da censura.
A gente pode ver que vocês estarem aqui desta forma pacífica, até mesmo com os buzinaços, é um direito de vocês, é um direito da direita estar se expressando, porém a censura muitas vezes está atrapalhando. Esse agigantamento da Suprema Corte, que vem infelizmente nos últimos anos interferindo diretamente em outros poderes, tanto no legislativo quanto no executivo, porque hoje se a gente observa o que vem acontecendo, as decisões do judiciário brasileiro estão interferindo diretamente naquilo que o legislativo quer, naquilo que o legislativo determina. E quem representa o povo não é o judiciário, quem representa o povo é o Poder Legislativo. E hoje tem acontecido essa inversão de valores. A Suprema Corte tem se agigantado muito. Um ministro em especial tem aparecido demais e as suas decisões estão interferindo diretamente na condução política e democrática do país. E é exatamente isso que nós estamos aqui hoje nos manifestando: contra essa interferência judiciária na democracia brasileira.
Hoje, inclusive, nós falamos, não tem bandeira de partido, não tem bandeira de político, não tem bandeira de figurões da direita, não citamos nome de ninguém. O que nós estamos hoje aqui lutando, militando, é contra a censura, contra o direito de ir e vir, que estão tentando de todas as formas tolher a nossa liberdade. E claro, a questão da censura nas redes sociais, nessa democracia relativa, essa liberdade de expressão relativa, onde só uma parte pode falar, a outra parte do que fala é censurada. É esse tipo de coisa que a gente está lutando contra aqui.
Mesmo que seja um movimento apartidário, nós vemos algumas pessoas envolvidas com o Legislativo, aqui mais próximo da cidade de Arapongas, que estão engajados também nessa causa. Inclusive quero agradecer a presença de alguns vereadores que estiveram aqui hoje apoiando a nossa causa, tanto da situação quanto de oposição. Agradecer a toda a população da cidade de Arapongas, que mais uma vez atendeu o nosso chamado. Arapongas tem se tornado referência na região pelas grandes manifestações que faz, e o povo araponguense é valente, é guerreiro.”
Também presente na organização local, Rafael Calderan destacou o papel do movimento para a cidade:
“A gente iniciou esse movimento que já foi convocado por toda a direita nacional. E para Arapongas, que já sempre está envolvida em movimentações, é algo muito importante, porque resgata o patriotismo. E o dia 8 de janeiro foi um cala-boca, as pessoas ficaram com medo de vir para as ruas, de fazer o protesto, de fazer sua manifestação. Então nós estamos aqui reacendendo e exigindo o que é nosso de direito, que é a liberdade sem censura para a mídia, para as redes sociais, que a população possa andar mais livremente e o fim dos impostos. A gente sabe que nós temos um governo hoje que está no poder apenas por poder. Então a gente sabe que, a nível regional e a nível municipal, todas as medidas que eles tomam lá para cima são afetadas aqui no município também.
O movimento aqui em Arapongas, a partir do 8 de janeiro, ele acabou adormecido. Então agora nós estamos nos planejando para realmente acender o movimento de direita. Então as pessoas, assim como você que está nos assistindo, que quer participar desse movimento de direita, nos procurem, procurem o Fialho também, que nós vamos estar resgatando o movimento de direita na cidade de Arapongas para possíveis organizações e saber as pautas que nós vamos estar trabalhando em favor da direita.
Todos esses atos são de forma pacífica, todos eles. Acho que está longe da direita qualquer manifestação de vandalismo, de autoritarismo também. Nós pregamos realmente a democracia e os atos pacíficos.”
A manifestação ocorreu de forma tranquila, com presença de apoiadores munidos de faixas, bandeiras do Brasil e carros promovendo buzinaços, sem registro de incidentes.