Nesta terça-feira (22), a cidade de Apucarana se uniu a dezenas de municípios do Paraná em uma mobilização estadual pelo fim da violência contra a mulher.
A caminhada “Em Favor da Vida – Contra o Feminicídio” reuniu representantes do poder público, forças de segurança, entidades civis e a população em geral em um ato de conscientização e enfrentamento à violência de gênero.
O prefeito Rodolfo Mota destacou a importância do movimento como forma de chamar a atenção para os alarmantes índices de feminicídio no estado e no país. “Hoje é dia de falar de um assunto sério: o combate a qualquer tipo de violência contra as mulheres. É inaceitável que alguém tenha a coragem de tirar a vida de outra pessoa apenas pelo fato de ela ser mulher. O feminicídio é um crime hediondo, que precisa ser enfrentado com consciência e ação da sociedade como um todo”, afirmou.
Segundo Mota, o problema não é apenas das mulheres, mas de toda a sociedade. “É das nossas relações humanas. Por isso, essa mobilização conjunta com dezenas de cidades do Paraná, encabeçada pela Secretaria Estadual da Mulher e pelo governo do Estado, é fundamental para despertar a atenção. Aqui em Apucarana, todas as entidades estão envolvidas, e reforçamos que em briga de marido e mulher, sim, a gente se mete. Precisamos incentivar as denúncias”, completou.
O prefeito também reforçou os canais de denúncia disponíveis: 190 da Polícia Militar, 153 da Guarda Municipal e o número nacional 180 para casos relacionados à proteção da mulher.
A Secretária Municipal da Mulher e Assuntos da Família, primeira-dama Karine Priscila da Silva Mota, enfatizou a importância do movimento e o fortalecimento da rede de apoio às vítimas. “Já é o terceiro ano que o governo estadual convoca essa mobilização. Hoje, várias cidades estão participando simultaneamente. É o momento de encorajar as mulheres a denunciar, mostrar que elas têm apoio e que não estão sozinhas”, declarou.
Karine explicou que a Secretaria da Mulher está preparada para atender todos os tipos de violência – não apenas física, mas também psicológica, verbal e institucional. “Às vezes a mulher acha que só deve procurar ajuda quando sofre agressão física, mas existem outros tipos de violência. Seja na secretaria, nos CRAS ou em outros equipamentos públicos, as mulheres sempre serão encaminhadas para o atendimento adequado.”
A secretária também reforçou a importância do apoio familiar. “Muitas vezes, uma sogra, uma irmã, uma mãe percebe sinais e pode denunciar. Não podemos ignorar essas situações, porque podem evoluir para algo ainda mais grave, até mesmo um homicídio. É uma rede de apoio que precisa funcionar.”
Além do acolhimento, o município oferece suporte psicológico, jurídico e social. “Temos psicólogas, advogadas e assistentes sociais prontas para orientar essas mulheres. Muitas vezes, a dificuldade de romper o ciclo da violência está relacionada à dependência financeira. Por isso, oferecemos orientação para que elas consigam reconstruir suas vidas com segurança e dignidade.”
A caminhada simbolizou não apenas a luta contra o feminicídio, mas também o compromisso de Apucarana com a valorização da vida e a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e segura para todas as mulheres.