A equipe de reportagem do Canal 38 esteve no Colégio Municipal Senador Marcos de Barros Freire, em Apucarana, para apurar uma grave denúncia registrada por uma mãe contra a instituição e uma professora. A mulher confeccionou um boletim de ocorrência na Polícia Civil após sua filha, de apenas 7 anos, diagnosticada com transtorno do espectro autista, ter sido supostamente agredida dentro da escola.
A equipe foi até o colégio na tentativa de obter informações dos diretores e responsáveis sobre as medidas que estão sendo tomadas em relação ao caso. Após cerca de 15 minutos de espera do lado de fora da instituição, uma funcionária que se identificou como diretora da nova gestão informou que não poderia conceder declarações e orientou a equipe a buscar esclarecimentos junto à Autarquia Municipal de Educação.
Nova Gestão mas velhas práticas, escondem as coisas debaixo do tapete, isso que é com uma criança autista. Antes Rodolfo Mota criticava agora o procedimento é idêntico.
O caso veio à tona no dia 27 de fevereiro de 2025, quando outra mãe relatou ter presenciado a agressão. Segundo o relato, a criança autista teria derrubado acidentalmente um copo de chá no refeitório. A professora, de maneira agressiva, teria esfregado o líquido no rosto da menina. Em seguida, ao tentar fugir, a criança foi puxada pelos cabelos e levada de volta ao refeitório, onde ainda teria sido insultada verbalmente.
A mãe da vítima procurou a direção da escola para denunciar o ocorrido e exigir providências. No entanto, segundo ela, a direção apenas se comprometeu a investigar a situação, sem adotar medidas concretas para afastar a professora acusada da agressão.
A denúncia foi encaminhada ao Portal 38 News nesta quarta-feira, 2 de abril de 2025, data que marca o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O caso lança luz sobre a realidade enfrentada por crianças autistas na rede pública de Apucarana, onde, segundo a mãe denunciante, há 762 alunos diagnosticados com autismo sem o suporte de professores auxiliares.
A reportagem segue acompanhando o desdobramento do caso e aguarda um posicionamento oficial da Autarquia Municipal de Educação e da Prefeitura de Apucarana sobre as providências a serem tomadas.