A recente decisão da gestão Rodolfo Mota na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Apucarana de afastar médicos de plantão que se recusaram a atender pacientes rapidamente gerou grande indignação tanto entre os profissionais de saúde quanto entre os usuários do serviço. A medida foi tomada após os médicos se posicionarem contra o ritmo acelerado e a pressão para atender o maior número possível de pacientes, o que tem comprometido a qualidade do atendimento. Além disso, a quantidade de médicos ainda está reduzida.
A Fuga da Qualidade para Priorizar Quantidade
Os profissionais de saúde da UPA denunciam que a gestão tem priorizado a quantidade de atendimentos em vez da qualidade no serviço oferecido à população. Médicos que não aceitaram atender pacientes de maneira apressada foram afastados dos plantões, gerando ainda mais desconforto entre os profissionais. O objetivo da gestão, segundo os relatos, tem sido preencher o maior número possível de plantões com atendimentos rápidos e superficiais, sem a devida atenção e cuidado com o paciente. O que está em risco é a vida das pessoas, além dos médicos, que podem ser responsabilizados, razão pela qual se recusaram a acatar as determinações. O atendimento rápido não resolve o problema da saúde da população.
O Portal 38 News já havia denunciado a situação, destacando que a pressa nos atendimentos tem gerado insatisfação tanto entre os médicos quanto entre os usuários da UPA. A gestão tenta acabar com a fila, fazendo de conta que a população está sendo atendida. Para muitos profissionais, a pressão por produtividade compromete a qualidade do atendimento e coloca a saúde dos pacientes em risco. Com atendimento em cinco minutos.
A Reação dos Médicos
Médicos que se opõem a esse modelo de atendimento expressaram sua preocupação com as implicações dessa estratégia. Johnny Gabriel, médico generalista de Apucarana, foi um dos primeiros a se manifestar publicamente sobre o tema em suas redes sociais. Ele criticou duramente a decisão da gestão da UPA e ressaltou como a falta de tempo para oferecer um atendimento adequado prejudica tanto o paciente quanto o profissional de saúde.
“Infelizmente, é isso que está acontecendo na UPA de Apucarana. O sistema está priorizando a quantidade de atendimentos, sem se importar com a qualidade do atendimento. A pressão para que os médicos atendam rapidamente está deixando os pacientes sem a devida atenção, e isso é extremamente prejudicial para a saúde de todos.”
Usuários Cobram Respostas
A insatisfação não está restrita aos médicos, mas também se reflete entre os usuários do sistema de saúde. Pacientes têm se queixado de não conseguir ser atendidos com a devida atenção, o que tem gerado um crescente sentimento de insegurança e frustração. Muitos alegam que o tempo reduzido de consulta não permite uma avaliação correta das suas condições de saúde, o que pode resultar em diagnósticos errados ou tratamentos inadequados.
A Denúncia do Portal 38 News
O Portal 38 News já havia feito a denúncia sobre a pressão por atendimentos rápidos na UPA de Apucarana. A publicação apontou que, além de afastar médicos, a gestão estaria implementando um sistema de produtividade onde o atendimento rápido, e muitas vezes superficial, está se tornando a norma. Esse modelo tem gerado um ambiente de trabalho tenso, com médicos cada vez mais desmotivados e pacientes insatisfeitos.
O Apelo por Uma Saúde de Qualidade
Diante desse cenário, médicos e usuários da UPA têm se unido em um apelo por mudanças. A principal reivindicação é que a gestão da unidade de saúde revise seus métodos e priorize a qualidade no atendimento. Pacientes querem saber que estão sendo tratados com respeito e atenção, e médicos buscam condições adequadas para oferecer um serviço digno.
Conclusão
A situação na UPA de Apucarana coloca em evidência uma questão crítica para a saúde pública: a priorização da quantidade sobre a qualidade no atendimento. Com a pressão para atender rapidamente, médicos e pacientes acabam sendo os maiores prejudicados. A comunidade apucaranense precisa de respostas claras da gestão Rodolfo Mota na UPA, que deve encontrar um equilíbrio entre a demanda por atendimentos rápidos e a necessidade de proporcionar um cuidado adequado e humanizado aos seus pacientes.
Promessas não cumpridas e “inovações” da Gestão Rodolfo Mota
O prefeito Rodolfo Mota foi eleito com a promessa de acabar com as filas nos postos de saúde, mas ninguém imaginava que isso significaria fechar as UBS no período da noite e nos finais de semana, ou realizar triagens nas UBS em que pacientes seriam mandados embora sem atendimento, piorando ainda mais o sistema de saúde e lotando a UPA. Em muitos locais, sequer há atendimento no período da tarde. Agora, mais uma das “inovações” da gestão: os médicos da UPA são obrigados a atender a população rapidamente, sob pena de serem afastados. Isso pode até funcionar em outros lugares, como na Rússia, onde o secretário da Saúde se formou, mas não em Apucarana. A população está decepcionada com a administração municipal.
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