A coordenadora do PROCON de Arapongas, Fabiani Barbist, foi acionada para verificar uma série de denúncias feitas por clientes de um banco na região central da cidade, que enfrentaram dificuldades para realizar saques e pagamentos nos caixas eletrônicos.
De acordo com Fabiani, o banco em questão, que havia fechado sua agência em Sabáudia, transferiu os atendimentos para a unidade de Arapongas, mas a agência local não estava conseguindo atender à demanda da população, o que tem gerado transtornos.
“Recebemos vários telefonemas e denúncias de clientes relatando problemas com os caixas eletrônicos e com o atendimento nos caixas físicos. O pico de reclamações aconteceu na quarta-feira, o quinto dia útil, que costuma ter o maior volume de clientes, principalmente aposentados e pensionistas que recebem seus benefícios no banco”, explicou Fabiani.
A coordenadora contou que, por volta das 11h da manhã de quarta-feira, a equipe do PROCON chegou à agência e encontrou uma fila gigantesca de clientes esperando atendimento, tanto nos caixas eletrônicos quanto nos caixas físicos. “O que constatamos foi que apenas dois caixas eletrônicos estavam funcionando, um para saque e outro apenas para extrato e impressão de boletos. A situação foi gerada por um problema na quarta-feira, que afetou a operação dos caixas”, relatou Fabiani.
Em contato com a Copel, responsável pela energia, a coordenadora foi informada de que houve uma queda de energia que afetou o funcionamento dos caixas eletrônicos, mas que o problema foi solucionado após cerca de duas horas. “Quando chegamos, já havia um grande número de pessoas aguardando atendimento. A demanda era tão alta que os clientes estavam sendo prejudicados, o que caracteriza uma prática abusiva”, completou.
A coordenadora do PROCON reforçou que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, é obrigação do fornecedor de produtos ou serviços garantir o atendimento adequado, especialmente em dias de grande movimento, como o pagamento de aposentadorias e pensões. “O banco não pode recusar atendimento às demandas dos consumidores. Além disso, o Código de Defesa do Consumidor garante que o cliente não deve ficar em fila por tempo excessivo, principalmente em dias de pagamento”, destacou.
Com o apoio da equipe do PROCON, o banco forneceu senhas para os clientes registrarem o horário em que foram atendidos, o que permitirá que o PROCON aplique a lei municipal, que estabelece penalidades para práticas abusivas.
Fabiani também alertou que o maior fiscal do PROCON é a própria população. “Se o consumidor perceber qualquer irregularidade, pode denunciar ligando para o número 151 ou 3902-1173. Sabemos que, às vezes, a resposta pode demorar um pouco, mas vamos até o local para garantir que a legislação seja cumprida”, afirmou a coordenadora.
A equipe do PROCON continuará acompanhando o caso e realizará as devidas fiscalizações para evitar que a situação se repita e prejudique ainda mais a população.