Com o término de sua gestão se aproximando, o prefeito Junior da Femac segue promovendo nomeações para cargos comissionados, atitude que tem gerado intensas críticas da população. A mais recente nomeação, para o cargo de Assessora Superintendente de Assistência Social, vinculada à Secretaria de Assistência Social (símbolo CC-04), foi oficializada em 12 de novembro, com efeitos retroativos ao dia 10.
Favorecimento Político e Faz de Conta
O prefeito eleito, Rodolfo Mota, tem solicitado a exoneração de todos os cargos comissionados até o final do mandato e cobrado o pagamento de dívidas trabalhistas com servidores. No entanto, chama atenção a ausência de críticas explícitas tanto dele quanto de membros da comissão de transição em relação às nomeações recentes ou a outras áreas da administração.
Essa postura tem levantado questionamentos, sugerindo que, após as eleições, os problemas destacados durante a campanha tenham sido deixados de lado, como se fossem apenas reflexos do período eleitoral. O cenário político parece estar se transformando: antigos adversários se tornam aliados, enquanto antigos apoiadores são, aparentemente, relegados ao esquecimento – uma dinâmica que muitos associam às peculiaridades da política.
Surpreendendo a população e os observadores políticos, Rodolfo Mota tem adotado uma postura conciliadora, sem rancor ou picuinhas, chegando a convidar seu principal adversário político para participar de sua administração nos festejos de aniversário da cidade – um gesto marcante e simbólico no início de seu mandato. No entanto, essa postura levanta questionamentos sobre um possível esquecimento do recado das urnas ou, talvez, uma aposta na memória curta dos eleitores daqui a quatro anos.
Por outro lado, para muitos, as nomeações realizadas pelo atual prefeito, Junior da Femac, são vistas como uma tentativa de recompensar aliados políticos que participaram de sua campanha eleitoral. Críticos argumentam que esses atos desrespeitam tanto o desejo de mudança expressado nas urnas quanto a vontade popular, já que o grupo político de Junior, aparentemente derrotado, mas continua agindo como se estivesse em continuidade de gestão. Oxalá que essa postura realmente não se confirme!
Críticas à Gestão
As nomeações não são a única polêmica enfrentada por Junior da Femac. Sua gestão é alvo de insatisfação devido a:
- Atrasos salariais dos médicos da UPA;
- Falta de medicamentos e superlotação no sistema de saúde, onde falta de tudo;
- Investigações sobre irregularidades em obras públicas e possíveis favorecimentos a empresas do prefeito e de sua família.
Implicações Legais
Além das críticas políticas, Junior da Femac enfrenta investigações jurídicas. Ele foi acusado de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, que determinava a substituição de cargos comissionados por servidores concursados. Recentemente, o Ministério Público abriu um procedimento para investigar as nomeações realizadas pela gestão e sobre a legalidade de uma Lei criando cargos.
O Silêncio do Prefeito
Mesmo após 619 dias desde as primeiras denúncias contra sua administração, incluindo irregularidades em obras públicas e supostos favorecimentos a empresas familiares, Junior da Femac continua em silêncio. Com apenas 39 dias de mandato restantes, ele se aproxima do final de sua gestão sem responder às 61 denúncias acumuladas, consolidando sua imagem como um dos gestores mais criticados da história de Apucarana.
Embora o prefeito Junior da Femac não tenha sido declarado inelegível pela Justiça, seu futuro político parece incerto, e o julgamento popular nas urnas indica que dificilmente retornará à vida pública por meio do voto.