“Paciente critica falta de vagas no transporte da Secretaria de Saúde de Apucarana e desabafa: ‘Não estou indo passear! Estou lutando pela minha vida, eu só quero viver”
Com uma história marcada por desafios de saúde desde a infância, a mulher de 52 anos, moradora da Vila Brasil, em Apucarana, trouxe à tona a realidade enfrentada por pacientes crônicos que dependem do sistema público de saúde. Em um relato emocionado, ela compartilhou sua luta diária contra doenças graves, como insuficiência renal crônica, hipertensão severa e as dificuldades impostas pela falta de acesso adequado ao transporte para tratamento.
“Eu sou cardíaca desde que nasci, sou diagnosticada com insuficiência renal desde os nove anos de idade. Há quase quatro meses perdi completamente a função dos rins. Desde então, minha vida depende da hemodiálise, que realizo três vezes por semana, com sessões de quatro horas. Mas o que me deixa sem esperança não é a doença, é a falta de sensibilidade das autoridades e do sistema público de saúde”, desabafa.
Segundo ela, o maior desafio atualmente não é o tratamento em si, mas o transporte para realizá-lo. A paciente relatou que o micro-ônibus disponibilizado pela Secretaria de Saúde de Apucarana para transportar pacientes até Arapongas está lotado e que, apesar de sua situação crítica, foi informada de que não havia vaga para este mês. “Eu não estou indo passear! Estou lutando pela minha vida! O que faço agora? Não tenho condições de pagar transporte particular. Moro sozinha e dependo da ajuda de amigos até para as coisas mais básicas, como comprar comida ou pagar o gás”, afirma indignada.
A paciente também destacou as dificuldades para realizar exames importantes. Recentemente, um ecocardiograma apontou complicações graves no coração. A médica que a acompanha afirmou que a situação cardiovascular piorou e que serão necessários novos procedimentos assim que a paciente puder utilizar a fístula no braço que foi feito dia 31 de outubro, atualmente infeccionada.
Além da insuficiência renal e da hipertensão, ela já enfrentou quatro derrames, dois infartos, trombose e câncer, do qual se curou após cirurgia. Hoje, sua rotina inclui medicamentos contínuos, exames mensais e uma luta constante para manter a saúde física e mental. “Já tive que pedir cesta básica no CRAS. Dependo de doações para sobreviver. É uma luta tão grande que, às vezes, sinto que estou sozinha, abandonada por quem deveria cuidar de mim.”
“O prefeito acabou com a saúde pública”
Em seu desabafo, ela criticou a gestão pública municipal, especialmente na área da saúde. “Não conseguimos falar com ninguém. Tudo é uma burocracia. O prefeito destruiu a saúde pública. É desesperador! Precisamos procurar o Canal 38 para garantir nossos direitos. Não é justo que vidas sejam colocadas em risco por falta de organização e respeito.” Eu não conheço o secretário de Saúde o homem é blindado, não consigo falar com ele”.
Ela fez uma apelo às autoridades: “Eu só quero viver. Quero ter o mínimo de dignidade no meu tratamento. Não posso me estressar, porque meu corpo não aguenta mais. Espero que alguém veja minha situação e faça algo. Não quero depender de amigos para tudo o resto da minha vida. É um pedido de socorro.” Apucarana, eu vou falar uma coisa para vocês viu, graças a Deus o Rodolfo, tá aí porque o outro acabou com Apucarana acabou”, concluiu a moradora da Vila Brasil.
A equipe médica que acompanha a paciente atestou a gravidade de sua condição. Segundo o laudo, é hipertensa severa há 40 anos e atualmente está em terapia renal substitutiva. Seu caso exige acompanhamento contínuo e transporte adequado para os tratamentos semanais em Arapongas.
A mulher espera que a Secretaria de Saúde de Apucarana tenha um posicionamento sobre a lotação dos micro-ônibus e a falta de transporte para pacientes em situações críticas.
Enquanto isso, segue enfrentando a doença e os obstáculos do sistema público de saúde, com a esperança de que sua história inspire mudanças e sensibilize as autoridades competentes.
Paciente tem transporte viabilizado após apelo ao Canal 38; ação gera críticas sobre demora no atendimento
Na tarde desta quinta-feira (21), uma situação envolvendo o transporte de uma paciente gerou críticas quanto à agilidade dos serviços públicos. Segundo informações, a paciente havia agendado uma entrevista com o Canal 38 para expor a dificuldade em conseguir transporte para atendimento médico. Somente após a comunicação de que buscou a reportagem, viabilizaram o transporte necessário.
A atitude levantou questionamentos sobre a conduta dos responsáveis, com críticas de que o suporte deveria ser imediato e não motivado por exposição midiática. “Eles deveriam fazer o que é certo desde o início, não esperar sair no Canal 38 para resolverem o problema,” comentou uma pessoa próxima à paciente.
O caso evidencia a importância de uma gestão eficiente nos serviços essenciais e o papel da imprensa imparcial em trazer visibilidade às demandas da população.