Em uma decisão polêmica, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, nomeou mais uma ex-candidata a vereadora que havia deixado a administração para concorrer nas eleições, nas quais obteve poucos votos. Apenas cinco dias após o pleito, a candidata foi reconduzida ao mesmo cargo comissionado.

A ex-candidata reassumiu o cargo de Diretora de Alta Complexidade na Secretaria Municipal de Assistência Social, com símbolo CC-03. A nomeação, realizada em 15 de outubro com efeito retroativo a 11 de outubro, gerou questionamentos entre os cidadãos, que veem a ação como uma possível recompensa política.

Apesar do clima aparentemente cordial da transição entre a gestão de Junior da Femac e o prefeito eleito Rodolfo Mota, a prática de nomeações suspeitas se mantém, gerando críticas sobre ética e transparência. Muitos esperam que essas nomeações políticas sejam interrompidas com a posse do novo prefeito em janeiro. Para muitos, a gestão pública deve priorizar o serviço à população, não o favorecimento de aliados.

Críticas à Gestão e Repercussão Popular

A nomeação faz parte de uma série de designações realizadas em outubro, que têm sido alvo de críticas tanto da população quanto de opositores políticos. A insatisfação se intensifica devido à situação financeira delicada do município, que enfrenta uma dívida de mais de R$ 1,3 bilhão e dificuldades em obter a certidão liberatória do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A folha de pagamento da prefeitura, que já atinge o valor de R$ 22.237.558,02, levanta questionamentos sobre as prioridades da gestão, com muitos apontando que a série de nomeações seria uma estratégia para garantir salários comissionados até o fim do mandato, desconsiderando a crise financeira enfrentada pelo município.

O prefeito Junior da Femac mesmo não sendo declarado inelegível pela Justiça, ele já foi julgado nas urnas pela população e dificilmente retornará à vida pública por meio do voto popular.

Veja o valor da folha de pagamento:

Falta de recursos na saúde pública e insatisfação popular

Além das polêmicas com nomeações, a crise na saúde pública em Apucarana segue crítica. O único hospital da cidade é alvo de constantes queixas. A cidade sofre com a escassez de médicos e medicamentos, enquanto a superlotação da UPA agrava o cenário. Moradores reclamam da demora em exames e cirurgias eletivas, gerando crescente insatisfação. Esse descontentamento com a gestão da alocação de recursos públicos foi um dos principais fatores para a derrota expressiva do grupo político de Junior da Femac nas últimas eleições.

Implicações legais e pressão crescente

A gestão de Júnior da Femac está também sob forte pressão jurídica. O prefeito enfrenta acusações de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público, que exigia a substituição de cargos comissionados por servidores concursados. O Procurador-Geral de Justiça ainda questiona a constitucionalidade dessas nomeações, colocando mais pressão sobre o atual prefeito. E por último o Ministério Público abriu procedimento para investigar nomeações de cargos comissionados em Apucarana.

O Silêncio do Prefeito

Após 594 dias desde as primeiras denúncias contra sua administração, envolvendo a terceirização de obras do hospital por empresas ligadas ao prefeito e seus familiares, Júnior da Femac continua em silêncio. As acusações variam desde irregularidades em obras públicas até questões sobre sua conduta administrativa. Com apenas 68 dias restantes de mandato, o prefeito enfrenta uma das gestões mais criticadas da história de Apucarana.

Com 61 denúncias já acumuladas, incluindo uma série de problemas administrativos, a gestão de Júnior da Femac está à beira de um colapso. A ausência de respostas e de ações concretas pode selar seu futuro político, consolidando sua imagem como um dos piores gestores da história do município.

 

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