Em um cenário de crescente descontentamento popular, o prefeito Júnior da Femac mantém suas nomeações controversas, ampliando salários e promovendo um intenso troca-troca de cargos, apesar das severas críticas que sua gestão já enfrenta. Recentemente, uma nova Servidora Campeã de Nomeações foi agraciada com um aumento de salário ao assumir o cargo de Ouvidora Geral do Gabinete do Prefeito, com símbolo CC-01, em 8 de outubro, apenas dois dias após as eleições, com efeitos retroativos a 1 de outubro de 2024. Com essa nomeação, ela se torna a líder absoluta em nomeações na administração municipal.
A função do servidor público deveria ser zelar pelo bem comum, mas o uso de cargos públicos para atender interesses pessoais e favorecer aliados políticos compromete a confiança da população nas instituições. Júnior da Femac, já sob forte rejeição popular, parece ignorar o desgaste de sua imagem pública com suas recentes decisões.
Nomeações e Crise Administrativa em Apucarana
O município enfrenta uma crise financeira alarmante, com dívidas superiores a R$ 1,3 bilhão e sem a certidão liberatória do Tribunal de Contas do Estado (TCE), essencial para firmar convênios e acessar recursos públicos. Mesmo diante desse cenário, o prefeito prossegue com nomeações questionáveis. Nos dias 7, 8 e 9 de outubro, diversas nomeações de candidatos eleitos e derrotados nas urnas ocorreram, gerando críticas.
Essas movimentações são vistas por muitos como uma maneira de garantir salários comissionados até o final do mandato de Júnior da Femac. Críticos argumentam que, como as próximas eleições estão distantes, os eleitos sentem-se à vontade para desconsiderar a opinião pública. Além disso, a folha de pagamento da gestão municipal já atinge R$ 22.237.558,02, levantando questionamentos sobre a responsabilidade fiscal em um momento de crise.
Veja o valor da folha de pagamento:
Falta de Recursos na Saúde Pública e Insatisfação Popular
A crise na saúde pública em Apucarana também é alarmante. O único hospital da cidade enfrenta constantes reclamações, com escassez de médicos e medicamentos e uma UPA superlotada. Moradores relatam longas esperas para exames e cirurgias eletivas, resultando em crescente insatisfação. Esse descontentamento com a gestão dos recursos públicos foi um fator crucial para a derrota expressiva do grupo político de Júnior nas últimas eleições.
Implicações Legais e Pressão Crescente
A administração de Júnior da Femac enfrenta ainda pressão jurídica intensa. O prefeito é acusado de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, que exigia a substituição de cargos comissionados por servidores concursados. O Procurador-Geral de Justiça questiona a constitucionalidade dessas nomeações, enquanto o Ministério Público abriu um procedimento de investigação sobre as contratações.
O Silêncio do Prefeito
Após 583 dias de denúncias contra sua administração, que incluem a terceirização de obras do hospital por empresas ligadas ao prefeito e seus familiares, Júnior da Femac mantém silêncio. Com apenas 75 dias restantes de mandato, enfrenta uma das gestões mais criticadas da história de Apucarana, acumulando 61 denúncias sobre problemas administrativos.
Escândalo de Propina
Recentemente, um áudio vazado revelou um esquema de corrupção envolvendo o prefeito e empresas concessionárias de serviços públicos. O que ficou conhecido como “Gabinete da Corrupção” expõe conversas sobre propinas destinadas a financiar campanhas eleitorais. O conteúdo do áudio aumentou a pressão por uma investigação formal e intensificou a indignação popular.
Com seu grupo político derrotado, Júnior da Femac agora deve responder por sua falta de fiscalização sobre as empresas envolvidas, colocando em risco seu futuro político e sua capacidade de lidar com as consequências de sua gestão.
Veja o vídeo: