Apucarana enfrenta uma grave crise no atendimento de emergência, com funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ameaçando interromper os serviços devido à falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e condições básicas de trabalho. Sob a gestão do prefeito Junior da Femac, os profissionais de saúde estão sem uniformes, botas e outros EPIs há quase cinco anos, colocando em risco tanto a segurança dos servidores quanto a eficácia do atendimento à população.

“Estamos decidindo tomar medidas drásticas. Não podemos arriscar nossas vidas e a segurança dos pacientes,” afirmam os servidores. Uniformes foram prometidos há mais de 18 meses, mas a previsão é que não sejam entregues até o fim do mandato atual. “A última vez que recebemos uniformes foi há mais de cinco anos. Desde então, trabalhamos com equipamentos desgastados, sem condições adequadas para atender à população.”

Descaso e Falta de Visitas
O prefeito Junior da Femac nunca visitou a base do SAMU em Apucarana para verificar a situação. “Ele virou as costas para nós e para a população mais vulnerável da cidade. É uma vergonha!” dizem os servidores. Eles denunciam que, em vez de resolver os problemas estruturais, a gestão está apenas “maquiando” a base com uma pintura externa, sem sequer preparar adequadamente as paredes.

Além da falta de EPIs, os problemas se estendem a portões quebrados, muros baixos e um sistema de comunicação por rádio ineficaz entre a central e as equipes, comprometendo a segurança e o funcionamento da base. “Estão pintando apenas onde as câmeras externas conseguem registrar, e a preparação das paredes é inexistente. Está tudo improvisado com esparadrapo e ataduras,” revelam.

Coordenação Criticada
A coordenadora geral do SAMU também é alvo de críticas severas. Segundo os funcionários, ela tem se mostrado omissa, sem propor qualquer solução para a crise.

Pedido de Ajuda ao Prefeito Eleito
Com o mandato de Junior da Femac chegando ao fim, os servidores do SAMU apelam aos recém-eleitos Rodolfo e Marcos, solicitando uma visita à base para que possam entender a situação crítica. “Precisamos que os novos gestores tomem consciência desse descaso. O SAMU está prestes a entrar em colapso, e a administração atual não mostra interesse em resolver a situação. Queremos ser ouvidos e que algo seja feito.”

Condições Deploráveis
Além da falta de EPIs, as condições internas da base são alarmantes: ambulâncias avariadas, camas quebradas nos alojamentos e marmitas insuficientes e de baixa qualidade. “É desumano. Não temos condições de trabalhar, e a situação piora a cada dia. Eles sempre respondem que as coisas estão em licitação, mas isso não resolve o problema.”

Os servidores alertam que a crise no SAMU de Apucarana coloca em risco a saúde e a segurança da população. A negligência e o abandono por parte da administração pública refletem o desprezo por um serviço essencial que, mais do que nunca, clama por socorro.

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