A gestão do prefeito de Apucarana, Júnior da Femac, segue sendo alvo de duras críticas, com a 61ª denúncia publicada pelo Portal 38 News. Uma das principais acusações refere-se à nomeação de cargos comissionados de aliados políticos, como ocorreu nesta segunda-feira, 7 de outubro de 2024, após as eleições. A nomeação teria ocorrido para garantir que os novos comissionados não perdessem dias de salário, aproveitando os últimos momentos de mandato do prefeito.

Passados 573 dias desde as primeiras denúncias contra sua administração, que envolvem terceirização de obras do hospital por empresas ligadas ao prefeito e seus familiares, Júnior da Femac permanece em silêncio. As acusações vão desde irregularidades em obras públicas até questões relacionadas à sua conduta administrativa. Com apenas 85 dias restantes de mandato, o prefeito enfrenta uma das gestões mais criticadas da história de Apucarana.

Nomeações irregulares e crise administrativa

Em meio a uma crise financeira severa, com o município enfrentando uma dívida superior a R$ 1,3 bilhão e sem a certidão liberatória do Tribunal de Contas do Estado (TCE), as nomeações comissionadas geram cada vez mais polêmica. Nesta segunda-feira (07), três nomeações ocorreram, apesar de ainda não terem sido publicadas oficialmente. Há especulações de que outras nomeações possam ocorrer com datas retroativas, como tem sido comum.

Falta de recursos na saúde pública e insatisfação popular

A crise na saúde pública em Apucarana também permanece crítica. O único hospital da cidade é alvo de frequentes reclamações, enquanto a falta de médicos e medicamentos, associada à superlotação da UPA, agrava a situação. A demora em exames e cirurgias eletivas tem gerado uma revolta crescente entre os moradores. A população, insatisfeita com a alocação de recursos públicos, manifestou seu descontentamento nas urnas, resultando em uma derrota expressiva para a atual administração.

Implicações legais e pressão crescente

A administração de Júnior da Femac também está sob pressão legal. O prefeito é acusado de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, que exigia a substituição de comissionados por servidores concursados. Além disso, o Procurador-Geral de Justiça questiona a constitucionalidade dessas nomeações, aumentando o cerco jurídico em torno de sua gestão.

O silêncio do prefeito

Com 61 denúncias acumuladas e a cidade enfrentando múltiplas crises, o silêncio de Júnior da Femac se torna cada vez mais insustentável. Sua falta de respostas diante das acusações e da administração caótica de Apucarana, a apenas 85 dias do fim do mandato, pode definir seu futuro político e consolidar sua imagem como um dos líderes mais controversos que a cidade já teve.

O Gabinete da Corrupção: Áudio vazado revela esquema de propina

Recentemente, um áudio vazado trouxe à tona um escândalo de corrupção envolvendo o prefeito de Apucarana e empresas concessionárias de serviços públicos, além de contratadas para obras públicas. Gravado no que vem sendo chamado de “gabinete da corrupção”, o áudio revela conversas sobre a arrecadação de propinas para financiar a campanha eleitoral do prefeito. Na gravação, Júnior da Femac discute valores ilícitos, mencionando empresas como a VAL, concessionária de transporte coletivo do município. A revelação de tais práticas coloca ainda mais pressão sobre o prefeito, que se vê diante de uma possível investigação e de críticas crescentes da população.

Com seu candidato derrotado nas eleições, o prefeito agora enfrenta a necessidade de explicar por que não fiscaliza empresas públicas.

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