A denúncia trouxe grande repercussão em Apucarana, mas os vereadores ficaram em silêncio, possivelmente devido a algum “Acordão” entre eles e o prefeito Junior da Femac. No domingo (06/10), a população de Apucarana terá a oportunidade de julgar os atos dos políticos nas urnas.

O pedido formal foi protocolado pela ativista na segunda-feira (23), solicitando o afastamento imediato do prefeito Sebastião Ferreira Martins Junior, conhecido como Junior da Femac. Dirigido ao presidente da Câmara, Luciano Augusto Molina Ferreira, o pedido também inclui a criação de uma Comissão Processante para investigar possíveis infrações político-administrativas cometidas pelo prefeito. Os vereadores já não votaram o afastamento do vereador e não deram nenhuma sequência na CPI criada.

A solicitação foi feita após a condenação do vereador Mauro Bertoli e a divulgação de áudios que sugerem interferência do prefeito no processo de investigação contra Bertoli, condenado por envolvimento no compartilhamento de pornografia infantil com imagens de menores. Segundo a ativista, Junior da Femac teria orientado os vereadores de sua base a arquivarem a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que visava investigar o caso de Bertoli.

O caso do vereador Mauro Bertoli, ocorrido entre 2018 e 2020, resultou em uma condenação de mais de cinco anos de prisão após a comprovação de que ele possuía e compartilhava arquivos contendo vídeos ilícitos e imorais. No entanto, o processo de investigação enfrentou obstáculos na Câmara, onde o prefeito teria agido para impedir a criação de uma CPI, conforme apontado pela ativista e corroborado por um áudio vazado.

Interferência e Tráfico de Influência

A ativista argumenta que a conduta de Junior da Femac pode configurar tráfico de influência, crime previsto no artigo 332 do Código Penal, que ocorre quando alguém tenta influenciar indevidamente a atuação de um funcionário público. Além disso, ela cita o Decreto-Lei nº 201/1967, que prevê o afastamento de prefeitos em casos de infrações político-administrativas.

Dada a gravidade da situação, a ativista solicita que o pedido de afastamento do prefeito seja tratado com urgência pela Câmara Municipal. A criação de uma Comissão Processante poderia resultar na cassação do mandato de Junior da Femac, caso seja comprovada sua interferência no processo legislativo.

Apesar da repercussão, os vereadores não votaram o pedido de afastamento e nem criaram uma CPI contra o prefeito Junior da Femac, levantando dúvidas sobre o comprometimento com a transparência e a moralidade no trato com uma questão de tal gravidade.

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