Professores, assistentes infantis, profissionais de serviços gerais e estagiários da Rede Municipal de Educação de Apucarana fizeram um apelo desesperado à comunidade e às autoridades locais. Em uma carta aberta que circula pelas redes sociais, os profissionais denunciam a grave crise na educação municipal. Entre os principais problemas relatados estão as salas de aula superlotadas, a falta de professores e a ausência de apoio adequado para alunos com necessidades específicas, como Autismo, TDAH e TOD entre outros.

De acordo com o documento, a situação crítica inclui a carência de serviços gerais e a pressão constante da Autarquia de Educação para que as escolas aceitem mais alunos, mesmo sem estrutura adequada para atendê-los. “Não temos suporte nenhum, não temos o mínimo de condições de trabalho”, desabafam os profissionais.

Outro ponto de preocupação é o atraso no pagamento dos estagiários, que têm sido forçados a atuar como professores devido à falta de pessoal. Com a troca de empresas terceirizadas, os estagiários não receberam pelos dias trabalhados fora do contrato, o que resultou na demissão em massa de muitos deles, agravando ainda mais o caos nas escolas.

Além da precariedade, os professores relatam sofrer pressões políticas, sendo obrigados a participar de eventos sob ameaça de remoção para localidades distantes ou perda de benefícios, dependendo do resultado das eleições. A falta de materiais básicos nas escolas também é uma reclamação constante, enquanto a cobrança excessiva de projetos educacionais para conquistar prêmios impõe ainda mais desgaste aos profissionais, que muitas vezes precisam assumir o trabalho dos alunos por falta de tempo e recursos.

A carta revela uma crise de gestão sem precedentes na educação municipal de Apucarana, evidenciando o abandono dos profissionais e a precariedade das condições de trabalho, com impactos diretos na qualidade do ensino oferecido às crianças da cidade.

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