O Ministério Público do Tribunal de Contas do Estado (TCE) recentemente neste mês de novembro denunciou Junior da Femac por subcontratação ilegal de obras públicas por empresas de sua família. “Diante das evidências apresentadas, a Coordenadoria de Gestão Municipal propõe a procedência da denúncia, impondo multas administrativas ao prefeito”. decidiu o MP do TCE/PR.

A cidade de Apucarana está envolvida em mais uma polêmica após o Portal 38 News publicar mais de 50 denúncias contra a administração do prefeito Junior da Femac. Algumas denúncias protocoladas no Tribunal de Contas do Estado do Paraná pelo vereador Lucas Leugi e a ativista Renata Borges, levaram o Ministério Público do TCE-PR a apontar a prática de nepotismo licitatório e subcontratação, levantando questionamentos sobre o cumprimento dos princípios da moralidade e impessoalidade.

Decisão:

Subcontratação Vedada: A denúncia destaca a subcontratação de empresas, prática expressamente proibida pelo contrato de prestação de serviços nº 159/2023. A Coordenadoria de Gestão Municipal observa indícios claros de irregularidades nesse aspecto.

Nepotismo Licitatório: A acusação de nepotismo licitatório envolve familiares do Chefe do Poder Executivo de Apucarana, beneficiados nas construções de escolas. A esposa do prefeito é citada como administradora da empresa de Locação e Montagens Ltda, levantando questões éticas e legais.

Resposta dos Envolvidos: O relator recebeu a resposta conjunta do Município de Apucarana, representado pelo Prefeito Sebastião Ferreira Martins Júnior, e das empresas envolvidas. Eles argumentam que não houve ilegalidade na contratação e apresentam documentos para respaldar sua posição.

Termo de Ajustamento de Conduta (TAC): Destaca-se o TAC firmado entre os denunciados e o Ministério Público do Estado do Paraná. O acordo inclui a devolução de lucros obtidos indevidamente, restrições à participação em licitações públicas e a inclusão de cláusulas anti-nepotismo em futuros editais.

Diante das evidências apresentadas, a Coordenadoria de Gestão Municipal propõe a procedência da denúncia, impondo multas administrativas ao gestor responsável. Além disso, havia sugerido o envio de cópia da denúncia ao Ministério Público Estadual da Comarca de Apucarana para adotar as providências legais cabíveis. No entanto, o prefeito e sua esposa apresentaram como defesa o TAC firmado com o Ministério Público.

O prefeito Sebastião Ferreira Martins Júnior, junto com sua empresa Monte Forte Locação e Montagens Ltda., compareceu espontaneamente e propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ao Ministério Público do Estado do Paraná. O TAC reconheceu a inviabilidade de serviços e produtos fornecidos para empresas contratadas pelo Município de Apucarana durante a gestão municipal de Sebastião Ferreira Martins Júnior.

A esposa do Sebastião Ferreira Martins Júnior, que é a administradora também da empresa de Locação e Montagens Ltda., concordou em devolver os lucros obtidos através de terceirizações indevidas no período de 2019 a 2023. Ela comprometeu-se a não participar, direta ou indiretamente, da execução de qualquer obra pública do município de Apucarana e suas Autarquias enquanto seu marido for prefeito ou atuar nas licitações ou contratos do município.

Adicionalmente, o prefeito Sebastião Ferreira Martins Júnior comprometeu-se a incluir nos próximos editais de licitação do Município de Apucarana e suas Autarquias cláusulas que proíbam empresas contratadas de subcontratar ou terceirizar produtos e serviços com pessoas jurídicas que tenham laços familiares com dirigentes do órgão contratante.

A Coordenadoria de Gestão Municipal concluiu pela procedência do expediente, propondo a aplicação de multas administrativas ao Gestor Municipal, mas sugeriu retificar a instrução para considerar o Termo de Ajustamento de Conduta celebrado entre os denunciados e o Ministério Público Estadual. O representante do Ministério Público de Contas manifestou a concordância com a procedência da denúncia, considerando a subcontratação indevida e o nepotismo licitatório.

Esta decisão do Ministério Público do Tribunal de Contas do Estado do Paraná destaca a importância das denúncias para garantir transparência e legalidade nas licitações públicas. Reforça a necessidade de fiscalização e responsabilização em casos de irregularidades. O Canal 38 desempenha o papel da imprensa livre e imparcial, não aceitando tentativas de oferta de vantagens, e, mais importante, não tolera tentativas de cerceamento da liberdade de expressão, um dos pilares da democracia. Para aqueles desanimados com a atual situação, coragem, faltam apenas 397 dias para o fim desta administração, que, sem sombra de dúvidas, é considerada a pior e com maior foco de corrupção na história de Apucarana.

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