Renata Borges protocola dois pedidos para afastar Mauro Bertoli, condenado a mais de 5 anos de prisão. Departamento Jurídico da Câmara corre contra o tempo para evitar que o caso chegue ao plenário, enquanto advogados são pressionados a proteger o vereador.
A ativista Renata Borges protocolou na Câmara Municipal de Apucarana dois pedidos com base na condenação do vereador Mauro Bertoli, sentenciado a mais de 5 anos de prisão por compartilhar imagens de pornografia infantil. Segundo Renata, o ato configura improbidade moral e administrativa. Um dos pedidos, fundamentado no Decreto Lei 201/67, solicita o afastamento preventivo do vereador, alegando que ele pode interferir nos trabalhos da Câmara.
O caso gerou grande movimentação no Legislativo. O Secretário Administrativo do presidente Luciano Molina convocou o Departamento Jurídico da Câmara às pressas para discutir a situação, com os advogados sendo pressionados a encontrar uma solução que não leve o caso ao plenário. Informações indicam que o vereador condenado estaria pressionando os advogados para ganhar tempo até as eleições, apostando que “isso não vai dar em nada”.
No entanto, o Decreto Lei é claro ao exigir que o pedido de afastamento seja lido em plenário na primeira sessão após seu protocolo. A Câmara terá a responsabilidade de decidir pelo afastamento ou não de Bertoli. Agora, resta saber se os vereadores comparecerão à sessão marcada para segunda-feira.
Conforme informações de bastidores, os advogados da Câmara hesitam em “dar um jeitinho” para proteger o vereador condenado, temendo que a decisão manche suas reputações, especialmente em um caso tão grave envolvendo imagens de crianças. Fontes políticas sugerem que outro vereador também está sendo investigado por supostamente ter participado do mesmo grupo online onde as imagens circulavam.
A crise, portanto, se intensifica, e o presidente Luciano Molina agendou uma reunião às 15 horas para tentar resolver a situação sem que ela respingue em sua própria imagem.