Na tarde desta quarta-feira 18 de setembro de 2024, a Câmara Municipal de Apucarana recebeu um ofício solicitando a instauração de uma Comissão Processante para investigar o vereador Mauro Bertolli, em decorrência de acusações graves envolvendo o compartilhamento de arquivos de natureza ilícita. O pedido foi protocolado novamente pela ativista Renata Borges Branco, com base em documentos oficiais fornecidos pelo Ministério Público do Paraná (MP/PR) e da condenação do Parlamentar a Mais de 5 anos, dois meses e três dias de reclusão em regime inicial semiaberto por armazenar e compartilhar imagens pornográficas com pessoas com menos de 18 anos.

As denúncias indicam que os crimes ocorreram entre julho de 2018 e novembro de 2020, quando a polícia apreendeu o celular do vereador, no qual foram encontrados 40 arquivos contendo vídeos e fotos de 40 arquivos com vídeos e fotos de sexo explícito e pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. A perícia ainda revelou que Bertolli teria compartilhado esse conteúdo em pelo menos três ocasiões. Diante da gravidade dos fatos, a cidadã solicitante requer a abertura de uma investigação formal e o afastamento do vereador, baseando-se no Decreto-Lei nº 201/1967, que prevê a apuração de infrações político-administrativas.

Arquivamento Anterior e Áudio Vazado de Junior da Femac

O caso, que já havia sido arquivado anteriormente pela Câmara, voltou a ganhar destaque após o vazamento de um áudio atribuído ao prefeito de Apucarana, Junior da Femac. Na gravação, o prefeito supostamente pede que vereadores aliados não abram uma comissão para investigar Bertolli, gerando questionamentos sobre interferências políticas no processo de investigação.

O áudio repercutiu amplamente, levantando suspeitas de conluio e falta de transparência por parte do Executivo municipal. Agora, com novas evidências, a pressão popular para que a Câmara reavalie o caso e desta vez abra a Comissão Processante, relembre o caso:

O Papel da Comissão Processante

A Comissão Processante, caso instaurada, tem o poder de investigar infrações cometidas por vereadores no exercício de suas funções, podendo resultar em cassação de mandato. Renata Borges Branco enfatizou, no ofício, que o vereador Mauro Bertolli deve ser afastado durante o processo, permitindo que as investigações ocorram de maneira imparcial.

Consequências Políticas

O escândalo envolvendo Mauro Bertolli, somado ao vazamento do áudio atribuído ao prefeito Junior da Femac, criou um cenário político delicado em Apucarana. Organizações de defesa dos direitos da infância e adolescência, além de movimentos sociais, têm pressionado os vereadores por respostas claras e ações concretas.

Diante da instabilidade política e da gravidade das acusações, a expectativa é que a Câmara se posicione rapidamente para garantir transparência e evitar que a responsabilidade recaia sobre os vereadores aos olhos da população.

A cidade aguarda os próximos desdobramentos, que podem impactar não apenas o futuro político de Mauro Bertolli, mas também a administração de Junior da Femac.

 

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