Na noite de quarta-feira, 11 de setembro, por volta das 19h30, um tiroteio na Rua Pato Branco, no Jardim Ponta Grossa, em Apucarana, deixou quatro pessoas feridas, incluindo o jovem Wesley, que foi baleado na cabeça. Ele segue internado em estado gravíssimo, com ajuda de aparelhos. Em entrevista exclusiva, o pai de Wesley, o Senhor Joaquim Donizete, falou com a equipe do Canal 38 sobre o desespero da família e a gravidade da situação.
“Agora é só com a misericórdia divina mesmo para meu filho sarar. No dia que aconteceu, eu até escutei os tiros e falei para minha esposa: ‘Olha o barulho dos tiros, amor do céu olha mais um mataram ali, o Wesley está na rua, nisso eu já fiquei preocupado’. Eu estava sentado na varanda de casa, e uma vizinha veio avisar. Eu fui lá ver o que tinha acontecido, mas antes disso, fui tomar banho e escutei a ambulância chegar. Já fiquei preocupado. Aí uma colega veio batendo no portão, me chamou e eu fui lá ver. Infelizmente, ela disse que o Wesley tinha levado um tiro na cabeça. Eu não acreditei.”
Com a voz embargada, Joaquim relembra o momento em que chegou ao local. “Cheguei lá e já vi um sargento que falou: ‘O Wesley é seu filho eu falei é ele disse infelizmente, o Wesley levou a pior’. Minha cabeça estava a mil, e foi tudo muito rápido.
Wesley estava pedindo leva eu leva eu para o hospital ainda falava que sua vista estava escurecendo. Logo, ele foi levado para o hospital, chamando pela mãe. Mas não demorou muito para que ele perdesse a consciência e precisasse ser entubado.”
Joaquim também destacou os exames que o filho está realizando no hospital. “Ele fez quatro exames, os últimos. Agora só falta um, o último, que vai dar o ponto final… ele está todo inchado.”
Com tristeza, Joaquim lamenta o aumento da violência na cidade. “As autoridades estão fazendo um excelente trabalho, mas hoje em dia estão tirando a vida de uma pessoa por R$10. Apucarana está muito perigosa. Eu nunca vi isso. Tenho 60 anos e já perdi um filho com um tiro também em Curitiba, agora está com pouco tempo. O Wesley era muito querido. Todo dia ele saía e dizia: ‘Bença, pai. Te amo, pai’. E hoje, ver ele nessa situação… é muito doloroso.”
O tiroteio deixou outras três pessoas feridas: dois jovens de 19 e 22 anos e uma mulher de 33. De acordo com informações, dois suspeitos em uma motocicleta efetuaram os disparos contra um grupo que estava em uma confraternização na calçada. As vítimas foram atingidas em várias partes do corpo, incluindo a cabeça, pernas, coluna e nádegas.
A Polícia Civil e a Criminalística seguem investigando o caso, com indícios sobre os possíveis autores do crime.