A indignação tomou conta dos usuários do transporte coletivo de Apucarana, especialmente das mulheres, que registraram a situação ao se depararem com as condições deploráveis do banheiro feminino do terminal urbano central. Apesar da promessa de solução após uma matéria veiculada pelo Canal 38, as melhorias duraram pouco. Dias após os pequenos reparos, o local voltou a apresentar sinais claros de abandono, evidenciando a negligência das autoridades responsáveis pela manutenção.

O cenário é desolador. Espelhos sujos, vasos sanitários com defeitos e um chão repleto de lixo são apenas alguns dos problemas visíveis. O ambiente, que deveria ser um espaço digno para as mulheres que dependem do transporte público, encontra-se em ruínas. Azulejos quebrados, pichações nas paredes e um cheiro insuportável reforçam a falta de cuidados com a higiene e a estrutura.

O problema afeta não apenas aos passageiros, mas também os funcionários do terminal, que precisam lidar com as péssimas condições diariamente. A população, indignada, vê esse descaso como um reflexo da má administração pública. Em uma cidade do porte de Apucarana, é inadmissível que instalações públicas estejam tão deterioradas. E como se não bastasse, os banheiros que não estão em condições lastimáveis estão fechados ou lacrados.

Uma Vergonha para Apucarana

O terminal central de Apucarana, por ser um dos pontos de maior movimento da cidade, deveria ser um exemplo de cuidado e organização. Porém, o que as usuárias encontram no banheiro feminino é motivo de vergonha. A falta de limpeza e conservação do local contrasta com a imagem que a cidade tenta projetar como referência no interior do Paraná. “É impossível usar o banheiro, está nojento. A pia não funciona, e o espelho nem existe mais. A gente se sente abandonada”, desabafou uma usuária.

Quem se Responsabiliza?

A questão que muitos se perguntam é: quem será responsabilizado por essa situação? Quando o problema foi noticiado anteriormente, houve uma tentativa de limpeza e reparos, mas que se mostrou temporária. O local rapidamente voltou ao seu estado precário, sugerindo que o problema foi apenas “maquiado” para ser ignorado depois.

A população exige uma solução definitiva. A falta de manutenção contínua e a ausência de fiscalização têm permitido que o banheiro feminino do terminal urbano se degrade dia após dia, prejudicando as usuárias que necessitam de um espaço limpo e seguro.

Até Quando?

Hoje a reportagem publicou a 58ª denúncias no Portal 38 News envolvendo o prefeito Junior da Femac e empresas a ele ligadas. O silêncio da administração diante de denúncias e críticas já dura 548 dias, desde a primeira acusação sobre a reforma do novo hospital “Postão” de Apucarana. Com apenas 110 dias restantes de mandato, o prefeito ainda não se pronunciou sobre as graves acusações. A expressão “quem cala, consente” parece ser a única resposta aos questionamentos sobre a gestão.

A população exige ações imediatas e permanentes, que devolvam a dignidade das usuárias do transporte público e dos cidadãos de Apucarana. Resolver o problema temporariamente não basta; é necessária uma política eficaz de manutenção para que o banheiro do terminal urbano ofereça condições adequadas de uso.

Apucarana merece respeito, e esse respeito começa com o compromisso de suas autoridades em garantir o bem-estar dos cidadãos, oferecendo o básico: instalações públicas limpas, funcionais e seguras.

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