Imagem por: Lucas Leal/Canal 38

Na tarde deste domingo (18), o Capitão Wallacy Araújo, do Corpo de Bombeiros de Apucarana, detalhou o emocionante momento em que a criança, desaparecida desde a última sexta-feira (16), foi finalmente localizada com vida após três dias de intensas buscas na área rural de Cambira.

“Era o terceiro dia de operação, e às 14h06, encontramos a criança. Graças a Deus, ela estava consciente, orientada e andando, mas apresentava sinais aparentes de desidratação, com uma sede muito grande”, relatou o Capitão Wallacy.

A operação, que durou 40 horas, envolveu um total de 140 pessoas, entre órgãos de segurança e a comunidade local. “Participaram da operação 38 soldados, 37 bombeiros, dois militares com dois cães farejadores, 30 policiais militares e civis, 30 voluntários da Defesa Civil e 30 civis, além de parentes e vizinhos da família. Foi uma força-tarefa impressionante”, destacou.

O Capitão ainda elogiou a dedicação dos militares e voluntários, especialmente três bombeiros de Apucarana que, em seu horário de folga, decidiram se unir às buscas. “No momento em que a criança foi encontrada, haviam três militares de Apucarana que estavam voluntariamente participando das buscas. Eles, junto com um vizinho civil da região, avistaram a criança e prestaram todo o suporte inicial.”

Wallacy explicou que a operação enfrentou desafios desde o início. “No primeiro dia, a notícia do desaparecimento chegou à noite, mas decidimos agir de imediato, mesmo não sendo comum realizarmos buscas durante a madrugada. Continuamos no segundo dia até o início da madrugada e retomamos na manhã deste domingo, com grande preocupação de que a criança passasse uma terceira noite sozinha.

Felizmente, ela foi encontrada sem sinais de hipotermia, a cerca de 500 metros do ponto inicial, mas com pegadas encontradas a até 800 metros de distância, indicando que o menino não seguiu um caminho linear”, detalhou. Sob o comando do Capitão Gabriel, comandante de operações especializadas em buscas, foi realizado um gerenciamento das rotas, que eram demarcadas, e, a cada novo sinal, recalculávamos e redirecionávamos as buscas.

Ele acrescentou que o gerenciamento das buscas foi essencial, com a constante recalculação e redirecionamento das rotas com base em novos sinais, especialmente as pegadas da criança. “Essas pegadas foram importantes para nos nortearmos. Confirmamos que as marcas coincidiam com o tamanho do tênis que ele estava usando, o que nos deu fortes indícios de que estávamos no caminho certo.”

O capitão também mencionou a importância dos drones e do helicóptero no apoio às equipes terrestres. “Graças a essa tecnologia e ao empenho das equipes, conseguimos encontrar a criança. Quando ela viu água, começou a chorar e só pedia por água. Sabíamos dos riscos, como picadas de cobras ou quedas, mas nossa maior preocupação era a desidratação.”

Ao final, o Capitão Wallacy Araújo celebrou o desfecho positivo da operação: “Hoje, comemoramos não apenas o retorno do menino Arthur para casa, mas também o incrível espírito de solidariedade e dedicação de todos os envolvidos. É uma vitória coletiva que aquece nossos corações.”

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