Na manhã desta quarta-feira (19), o biólogo Fernando Felipe, conhecido como Repórter Selvagem, recebeu uma mensagem informando sobre um gambá ferido, possivelmente atropelado ou agredido, que estava em uma rua de Apucarana. Felipe, que possui experiência em resgates de animais, lamentou não poder realizar o salvamento devido a restrições impostas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

“Eu estou proibido de fazer resgates, a menos que seja solicitado pelo bombeiro, polícia ou o próprio meio ambiente. Em outros casos, não posso ir, mesmo querendo ajudar,” explicou Felipe. Ele orientou os cidadãos a ligarem para os órgãos competentes, mas a resposta recebida foi desanimadora. Segundo o relato, o meio ambiente afirmou que não resgata gambás, considerando-os animais sinantrópicos, e que só retirariam o animal se ele estivesse capturado em uma caixa ou gaiola.

Felipe destacou a importância dos órgãos ambientais cumprirem seu papel, especialmente em casos de animais feridos. “A função do cidadão é ligar para os órgãos, e a captura e o resgate devem ser feitos pelos profissionais responsáveis.

Em resposta às críticas, o meio ambiente reafirmou em mensagem enviada à pessoa que pediu ajuda que sua posição de não resgatar gambás é por serem considerados sinantrópicos e explicou que a retirada só ocorre se o animal estiver capturado.

“Eu tenho estudo, experiência, equipamento, e fui proibido pelo IAP de Londrina. Se me deixassem atuar, faria o resgate com competência, carinho e sem receber nada em troca. A população recorre a mim porque sabe que farei o meu melhor,” desabafou Felipe.

Ele também agradeceu às pessoas que passaram o dia todo em contato, tentando resolver a situação. Se os órgãos não querem fazer seu trabalho, deixem os voluntários atuarem. Nós fazemos com prazer e dedicação,” finalizou.

A situação gerou indignação na comunidade, que agora questiona a eficácia dos serviços de resgate de animais e pede mais flexibilidade para que profissionais capacitados possam atuar em casos de emergência.

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