Uma denúncia contundente foi feita por Rodolfo Mota, destacando a negligência enfrentada pela população de Apucarana em relação ao combate preventivo à dengue. “Chegamos a uma situação em que a dengue é um problema de todos, é lamentável.
São mais de 10 mil casos, muitos apucaranenses sofrendo e padecendo com essa dor, com essa doença. Isso se torna um problema na economia, nas fábricas de bonés, nas confecções. Quantas costureiras, bordadores, operadores de máquina, enfim, precisaram se ausentar nos últimos 60 dias?”, questionou Mota.
Ele ressaltou as consequências desastrosas desse cenário para a economia local, afetando tanto os trabalhadores quanto os empresários. “Prejuizo financeiro previsto para os trabalhadores, prejuízo para os empresários, atrasos nos pedidos. Tem gente que está levando 10 dias para ficar bem”, lamentou.
Mota alertou para o custo cada vez mais alto que a falta de investimento em prevenção acarreta. “O que não foi gasto na prevenção agora vai ficar mais caro. Ficou adormecido por 4 anos, e agora vai custar muito mais. Parece que a coisa da dengue foi deixada de lado, parece que o que não foi gasto em prevenção agora está nos custando caro”, enfatizou.
Ele relatou ainda o descaso com as vistorias e a falta de presença dos agentes de combate à endemia nos últimos anos. “Há relatos de pessoas que dizem que em suas casas não passa uma vistoria há 3 anos, outros há 2 anos, e até mesmo há relatos de 4 anos sem que houvesse esse trabalho”, denunciou.
Mota destacou a importância do papel do poder público no combate à dengue e concluiu que o fracasso no trabalho de prevenção e cuidados agora resulta em um ônus pesado para o povo de Apucarana. “Este é um trabalho do poder público, o trabalho de prevenção falhou, o trabalho de cuidados falhou. Agora o povo de Apucarana paga esta conta cara”, concluiu.