As equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas inicialmente para atender uma gestante que supostamente estaria em trabalho de parto. No entanto, no local foi confirmado que ela não se encontrava em trabalho de parto.

O SAMU de Apucarana atendeu, na quinta-feira (18), uma ocorrência grave envolvendo a gestante Athalie Miriam da Silva, de 25 anos, que sofreu uma parada cardiorrespiratória dentro da própria residência.

O coordenador do SAMU de Apucarana, Miquéias Romagnolo, explicou como a situação chegou ao serviço e detalhou os procedimentos adotados pelas equipes.

“Entrou para o suporte básico de vida que se tratava de uma gestante em trabalho de parto. A equipe estava mais próxima e já estava em deslocamento, porém, nesse intervalo, entrou uma outra solicitação, uma ligação de um profissional da área da saúde, que é vizinha dessa gestante. O esposo havia acionado essa profissional e, no momento em que ela chegou à residência, a gestante já estava em parada cardíaca.”

Diante da gravidade do quadro, o protocolo foi imediatamente elevado.

“Imediatamente foi acionado o suporte avançado. A unidade de suporte básico chegou ao local e já iniciou os primeiros atendimentos, juntamente com a equipe de saúde que estava lá. O suporte avançado chegou na sequência.”

Segundo o coordenador, apesar de todos os esforços, não foi possível reverter o quadro.

“A equipe médica do suporte avançado fez a avaliação e, infelizmente, acabou constatando o óbito dessa gestante, de aproximadamente 25 anos, com cerca de 33 semanas de gestação. Durante o atendimento, não foi possível definir a causa da morte e não houve êxito nas tentativas de reanimação.”

Miquéias Romagnolo também esclareceu dúvidas frequentes da população sobre a possibilidade de salvar o bebê em situações como essa.

“A cesárea em ambiente pré-hospitalar, em situação de emergência, é algo extremamente raro. Em geral, o investimento inicial é todo feito na mãe, na tentativa de reanimação e de preservar a vida dela. Existem pouquíssimos relatos de cesáreas realizadas fora do ambiente hospitalar. É quase um ato heroico e envolve muitos riscos.”

Todo o atendimento ocorreu ainda dentro da residência.

“Os atendimentos foram realizados no local, tanto pela equipe que já estava ali, que era a equipe da UBS — inclusive a médica que acompanhava essa gestante no pré-natal estava presente, segundo informações — quanto pelas equipes de suporte básico e suporte avançado do SAMU. A paciente não chegou a ser encaminhada.”

Sobre a causa da morte, o coordenador informou que ainda não há uma definição.

“Ela foi encaminhada para a ASERFA, onde o médico responsável faria a entrevista familiar para tentar identificar a possível causa da morte, mas até o momento nós não temos essa informação.”

Romagnolo, explicou como a situação chegou ao serviço e detalhou os procedimentos adotados pelas equipes.

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