Na sessão desta segunda-feira (1º), o presidente da Câmara Municipal de Apucarana, Danylo Acioli, voltou a cobrar ações mais efetivas da administração municipal em diversas áreas e afirmou que, com a chegada de dezembro, “chegou a hora de apertar o cerco”. Em entrevista ao Canal 38, o vereador disse que vários setores da gestão deixaram de funcionar ao longo do ano e que há problemas graves sendo ignorados pelo Executivo.
Acioli iniciou destacando a necessidade de melhorias urgentes nos espaços públicos, especialmente nos locais que recebem grande circulação de pessoas no período natalino. Segundo ele, apesar do investimento de R$ 2,5 milhões na iluminação de Natal, áreas como o espaço das feiras permanecem sujas, rasgadas e abandonadas.
“Os efeitos de Natal ficaram lindos, mas está ridículo aquele espaço lá. Se tem dinheiro para 2,5 milhões em luz, tem como investir R$ 50 mil para arrumar aquilo. Não dá para aceitar isso”, afirmou.
O presidente da Câmara também criticou a falta de ações estruturadas na assistência social, citando o exemplo de Piracicaba, onde pessoas em situação de rua trabalham em programas municipais. Para Acioli, Apucarana está na contramão.
“Aqui parece que passam a mão na cabeça. Pode quebrar comércio, pode incomodar quem quiser, e fica tudo por isso mesmo. Precisamos de políticas sérias”, disse.
Outro ponto abordado foi o esporte, que, segundo o vereador, não recebeu planejamento adequado em 2024. Ele mencionou que, apesar de eventos particulares terem sido realizados, a Prefeitura não apresentou calendário oficial.
“Não dá para o poder público não fazer nada e ainda querer proibir os outros de fazer. As coisas precisam acontecer”, criticou.
Na área da educação, Acioli foi ainda mais enfático, afirmando que servidores dos CEMEIs e escolas municipais estão “adoecendo” devido ao tratamento inadequado.
“Eles ficam 15 dias olhando para a parede. Isso é assédio moral. E ainda têm que validar atestado como se suspeitassem de médicos da cidade. As coisas estão erradas”, lamentou.
O presidente também cobrou o cumprimento da lei do sensor glicêmico, que garantiria dignidade a crianças com diabetes.
“Por R$ 500 mil no ano, atenderíamos todas as crianças que precisam. Mas preferem fazer licitação de parquinho de R$ 12 milhões. Onde está a prioridade?”, questionou.
Acioli afirmou que tem tentado dialogar previamente com o gestor municipal, mas adiantou que, diante da falta de solução, a Câmara intensificará as cobranças.
“Eu não fui eleito para passar pano. Nem para quem está no prédio do lado, nem para quem está aqui. O que não resolver na conversa, vamos cobrar firme”, concluiu.