Imagem por: Canal 38

A noite de segunda-feira (17), no início da sessão ordinária na Câmara Municipal de Apucarana, começou com um tom de alerta e responsabilidade.

O conselheiro tutelar Fábio Lucas de Barros ocupou a tribuna para apresentar um balanço detalhado das ações do Conselho Tutelar entre janeiro e outubro de 2025, reforçando a importância do órgão e lembrando a proximidade do Dia do Conselheiro Tutelar.

Em sua fala, Barros destacou que o período analisado corresponde a dez meses de atendimentos intensos e de diferentes naturezas. Segundo ele, o Conselho Tutelar de Apucarana atendeu 1.332 famílias, todas envolvidas em situações de violação de direitos que exigiram intervenção imediata. Esses atendimentos resultaram em 3.242 medidas de proteção aplicadas a crianças e adolescentes do município.

Nós temos os registros das famílias que atendemos de 1º de janeiro até 31 de outubro – dez meses de trabalho. Nesse período, atendemos 1.332 famílias com diferentes situações de violações de direitos da criança e do adolescente. Esses atendimentos geraram 3.242 medidas de proteção”, explicou.

Entre todas as violações, uma preocupação se destacou: a infrequência escolar. Barros frisou que esse é o problema mais recorrente e que envolve, sobretudo, adolescentes. “A infrequência escolar é a que mais aparece. Atendemos toda a demanda dos direitos previstos na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Também acompanhamos vítimas de violências, abusos sexuais e violências físicas”, afirmou.

Os números apresentados sobre violência sexual chamaram a atenção do plenário. O conselheiro revelou que, em dez meses, 26 crianças e 22 adolescentes foram vítimas dessa violação. Ele explicou que todos os casos seguem um protocolo rígido previsto em lei.

Quando somos comunicados, advertimos o responsável, convocamos, encaminhamos à delegacia para lavratura do boletim de ocorrência, à rede de proteção, ao Ministério Público e à Vara da Infância e Juventude”, detalhou.

Em relação à violência física, o balanço também é elevado: 51 crianças e 57 adolescentes sofreram agressões registradas no período. Todos os casos foram encaminhados à Delegacia da Mulher de Apucarana, que também presta atendimento especializado para vítimas infantojuvenis.

Ao comparar os dados atuais com anos anteriores, Barros destacou que, embora o volume de casos ainda preocupe, o órgão vem se fortalecendo. “Nós estamos cada vez mais melhorando o nosso atendimento. A política que queremos praticar é a proteção pela prevenção. Quem previne diminui seus índices de violência, tanto sexual quanto física”, defendeu.

O conselheiro encerrou reforçando o papel do Conselho Tutelar como porta de entrada para denúncias e proteção de crianças e adolescentes, e pediu mais apoio da sociedade para identificar e comunicar situações de risco.


Números de Apucarana – 2025 (Janeiro a Outubro)

Categoria Quantidade Detalhes
Famílias Atendidas 1.332 Famílias atendidas em diferentes situações de violação de direitos.
Medidas de Proteção 3.242 Ações aplicadas para garantir a segurança de crianças e adolescentes.
Violência Sexual 26 crianças e 22 adolescentes Casos registrados e encaminhados para a rede de proteção.
Violência Física 51 crianças e 57 adolescentes Vítimas que receberam atendimento e acompanhamento.

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