Durante a sessão da Câmara de Apucarana, o presidente Danylo Acioli reafirmou suas declarações sobre segurança pública e criticou o “vitimismo” em torno de pessoas em situação de rua, afirmando que “vagabundo tem que ser tratado como vagabundo” e que “se precisa de emprego, buscamos emprego; agora, se quiser assediar, furtar, roubar ou praticar crimes, Apucarana não é o lugar para essa pessoa”.
A sessão, que durou cerca de quatro horas, tratou de temas como saúde, educação, funcionalismo público e segurança, e contou com debates intensos entre os parlamentares.
“É uma alegria poder falar com toda a imprensa que leva a notícia da Câmara Municipal de Apucarana, a Casa Apucaranense. Nós tratamos de uma sessão longa, sobre vários assuntos. Mais uma vez falamos sobre pessoas em situação de rua, sobre a manutenção dos médicos em Apucarana, porque infelizmente hoje, por causa de alguns critérios que não nos parecem razoáveis, os médicos recém-formados não podem ficar aqui, mas podem atender em outros municípios”, afirmou Acioli.
O presidente destacou que o Legislativo tem buscado diálogo com o Executivo para garantir que novos profissionais da saúde permaneçam na cidade.
“Nós já não temos faculdade de medicina em Apucarana. Se os poucos médicos da nossa cidade se formam e não ficarem aqui, não teremos a renovação, a oxigenação de novos médicos. Essa é uma pauta que eu trago com muita tranquilidade”, observou.
Durante a sessão, Acioli também mencionou outros temas de relevância municipal, como a manutenção da Escola Durval Pinto, os gastos públicos com parquinhos infantis, estimados em R$ 12 milhões, e a aprovação de projetos de lei, entre eles o que autoriza a construção de capelas privadas e a Lei do Samuzinho, que prevê o ensino de primeiros socorros nas escolas.
“Essa era uma promessa de campanha minha. As crianças precisam aprender como agir em situações de emergência. Isso salva vidas”, destacou.
Ao final de seu pronunciamento, Acioli reagiu às denúncias apresentadas contra ele por declarações feitas em sessões anteriores.
“Eu fui denunciado recentemente por dizer que vagabundo tem que ser tratado como vagabundo. Eu não fui eleito para passar pano para ninguém. Se a pessoa precisa de ajuda, a gente ajuda. Se precisa de tratamento, damos tratamento. Se precisa de emprego, buscamos emprego. Agora, se quiser assediar, furtar, roubar ou praticar crimes, Apucarana não é o lugar dela”, afirmou de forma enfática.
O presidente da Câmara também afirmou não temer possíveis processos judiciais.
“Podem me denunciar, me processem, não tenho medo. Eu sou advogado, aprendi a gostar de processo. O que eu disse, repito: vagabundo tem que ser tratado como vagabundo. Não dá para passar pano com vitimismo ou coitadismo para quem pratica crimes, quebra vitrines e assedia mulheres grávidas no centro da cidade. O problema de segurança eu trato como segurança”, concluiu.