Uma moradora de 65 anos do bairro Jardim Colonial, em Apucarana, procurou a Delegacia de Polícia nesta terça-feira (21) para esclarecer um episódio que ganhou grande repercussão na comunidade e nas redes sociais. Ela foi acusada injustamente de tentativa de sequestro de uma criança de dois anos, quando, segundo seu relato, apenas tentou evitar que a menina saísse sozinha para a avenida.
De acordo com a mulher, tudo aconteceu quando ela e o marido passavam de carro pelo bairro. “Eu fiquei sabendo ontem à tarde que estavam dizendo que eu tinha tentado sequestrar uma criança, mas eu só quis ajudar. O portão da casa estava uns 10 centímetros levantado e a menininha, chorando, estava quase indo para a rua. Como eu conheço a pessoa que mora ali, que é manicure, pedi para o meu marido dar ré e fui ajudar”, contou.
A mulher relatou que tentou localizar a mãe da criança após perceber o risco. “Perguntei para a criança onde estava a mãe, e ela apontou para o mercado. Então, pedi para o meu marido dar a volta e ir chamar a mãe. Mas, antes que ele fosse, a tia apareceu. Eu expliquei o que estava acontecendo e pedi para ela tomar cuidado, porque a menina podia sair para a avenida. Foi só isso. Eu agi por instinto de mãe e avó. Vi uma criança em perigo e quis ajudar.”
Ao saber que estava sendo acusada, ela decidiu ir pessoalmente à delegacia para prestar esclarecimentos. “Quando eu descobri, já tinham ido na minha casa perguntar se tinha sido a gente. Eu vim aqui com a minha sobrinha, porque é uma coisa sem lógica. Eu fui ajudar uma criança e saí como sequestradora. Arrisquei a minha vida sem saber de nada. Fiquei sabendo só às cinco da tarde de ontem, e até saiu num site e no rádio essa história de sequestro”, desabafou.
A mulher também relatou que, após o mal-entendido, conversou com a mãe da criança. “Ela me contou que tinha ido até o mercado comprar um cigarro e que ficou só cinco minutos fora. Disse que a menina é muito manhosa, mas entendeu a minha parte. Eu também entendi a dela, de mãe, preocupada com a filha. Conversamos e ficou tudo esclarecido.”
Na delegacia, o caso foi apurado e encerrado. “Já expliquei tudo ao delegado, contei a minha versão, e é essa que vai continuar sendo. Porque a verdade merece ser esclarecida”, afirmou.
A Polícia Civil de Apucarana, por meio do delegado chefe Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, confirmou que as investigações comprovaram não ter havido qualquer tentativa de sequestro.
Segundo a nota oficial, “as pessoas envolvidas são moradoras do próprio bairro e agiram de forma solidária, tentando evitar que a criança saísse para a via pública. A situação foi um mal-entendido, resolvido após análise de câmeras de segurança, depoimentos e diligências policiais.”
O delegado reforçou o compromisso da Polícia Civil com a apuração rápida e responsável dos fatos, e destacou a importância de buscar sempre informações oficiais antes de compartilhar notícias nas redes sociais.
COMUNICADO DO DELEGADO
Esclarecimento sobre suposta tentativa de sequestro de criança no bairro Jardim Colonial, Apucarana (PR).
A Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia de Apucarana, vem a público para prestar esclarecimentos e tranquilizar a população a respeito de um fato noticiado e que gerou preocupação na comunidade do bairro Jardim Colonial e adjacências, envolvendo a suposta tentativa de sequestro de uma criança de dois anos de idade.
Após um intenso e minucioso trabalho de investigação preliminar, a Polícia Civil concluiu as diligências e encerra o procedimento apontando para a inexistência de qualquer ilícito de natureza criminal no episódio.
As investigações foram contundentes e esgotaram todas as diligências cabíveis, incluindo a análise de imagens de segurança, oitiva de testemunhas e a identificação das pessoas envolvidas.
Conclusão da Polícia Civil:
Restou caracterizado que as pessoas que interagiram com a criança no local dos fatos são, na verdade, moradoras do próprio bairro Jardim Colonial. A ação delas, inicialmente mal interpretada, foi de pura solicitude e auxílio, visando a segurança da criança.
Verificou-se que o portão da residência estava entreaberto e a criança estava prestes a sair desacompanhada em direção à via pública, uma avenida de grande fluxo. As pessoas identificadas pararam para evitar que a criança acessasse a avenida, prevenindo um grave acidente. A intenção, portanto, não era a prática de qualquer crime, mas sim a proteção da menor .
Dessa forma, a Polícia Civil conclui que a situação não possui elementos informativos que apontem para a prática dos crimes de sequestro, cárcere privado ou qualquer outro delito correlato. Trata-se de um mal-entendido resolvido com o auxílio das câmeras de segurança, a cooperação da comunidade e oitivas realizadas em sede policial.
A Polícia Civil reitera seu compromisso com a segurança e a elucidação imediata dos fatos, agradecendo a colaboração dos moradores e reforçando a importância de sempre buscar as informações oficiais das forças de segurança.
Apucarana, 22 de Outubro de 2025
Marcus Felipe da Rocha Rodrigues
Delegado Chefe da 17ª SDP – Apucarana
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