Nesta sexta-feira (1º), a 7ª Companhia Independente da Polícia Militar de Arapongas viveu um momento marcante: a despedida do soldado Duarte, que após 12 anos de dedicação à PMPR encerra um ciclo para iniciar sua trajetória na Polícia Civil do Paraná.
A saída do policial foi marcada por homenagens emocionadas de colegas, amigos e familiares. Em suas palavras de despedida, Duarte agradeceu pela trajetória vivida dentro da corporação:
“Eu fiquei surpreso com a despedida, mas do mesmo jeito que eu estou surpreso, estou muito grato, porque é um reflexo do que passamos aqui ao longo desses 12 anos. E gostaria primeiramente de agradecer a Deus por ter nos sustentado com a força dele ao longo desses 12 anos, porque tem horas que só Deus mesmo é a nossa vida. Agradecer minha família, porque sempre me apoiou, sempre foi o meu braço forte. E agradecer também a todos os meus companheiros que já passaram por aqui ou que continuam aqui, pois sem os ensinamentos e o companheirismo de cada um, sem a parceria de cada um no dia a dia, não seria possível ter exercido esse papel durante 12 anos. E dizer aí que estou sempre à disposição, tanto dos meus ex-companheiros quanto da sociedade araponguense, para o que precisarem.”
Duarte também compartilhou uma mensagem de encorajamento a quem está no início da jornada militar:
“Persista, persista, não desista e persevere, porque Deus honra quem batalha arduamente no dia a dia.”
Sobre o novo desafio que começa agora na Polícia Civil, ele garantiu que continuará com a mesma garra:
“Com certeza, no novo desafio continua outra luta. Começar do zero, mas sempre com determinação, sempre com fé em Deus e sempre querendo aprender um pouco mais e sempre querendo trazer o melhor para a sociedade.”
Quem também falou foi o soldado Lima, amigo pessoal e companheiro de farda de Duarte. A amizade entre os dois começou logo após o término do curso de formação de soldados e se consolidou dentro e fora da corporação:
“Duarte e eu, a gente criou uma amizade após o término do meu curso de formação de soldados, ano de 2016, 2017. Desde então, a gente acabou criando um vínculo além das carreiras, das fileiras dentro do quartel, mas também fora, um vínculo pessoal, familiar. A gente acaba, como eu disse aqui hoje, se despedindo, mas ao mesmo tempo triste e feliz. Pois ele está buscando algo grandioso para a vida dele, para a família dele. Vai partir para Polícia Civil.
A gente fica contente, pois é uma pessoa que merece. Sempre dedicado, estudioso, muito inteligente. Tem o apelido dele, às vezes a gente brinca, ele é o Dudu Henrique. Pede que ele sabe muita coisa. Tudo que você pergunta pra ele, ele acaba esmiuçando muita coisa, ele ajuda muito.
Tem uma fotomemória na cabeça ali em relação a alguns indivíduos de abordagens, ele sabe quem são as pessoas. E pra gente, pra Polícia Militar em si, é uma grande perda: de um policial, de um ser humano, de um pai de família. E agora quem vai ganhar esse cidadão, esse ser humano aí, vai ser a agraciada Polícia Civil, que vai incorporar o soldado Duarte nas fileiras dela lá. Aproveitem ele. Vai ser um cara nota mil e vai desempenhar das melhores funções lá, se Deus permitir.”
A esposa do policial, Jaqueline Duarte, foi a responsável por organizar a homenagem surpresa para marcar a despedida de Duarte. Ela contou como tudo começou com uma ideia simples, mas que rapidamente ganhou força com apoio dos colegas da corporação:
“A gente sabe que o Duarte é bem vergonhoso, mas hoje conseguiu fazer uma festa bem bacana. É como eu disse no começo. Era para ser só uma brincadeira, mas daí depois que eu conversei com a parceira dele, a Rosângela, conversei com o pessoal do comando ali, o Major, aí eu percebi o quanto ele é querido ali dentro da corporação e como ele faria falta.
Então seria injusto deixar ele sair nesse último dia de serviço, que é hoje, sem fazer uma homenagem para ele, um pouco divertida também, mas que demonstrasse todo o carinho que todo mundo ali da corporação e nós da família também temos por ele. A gente sabe que é uma despedida, só que é um novo ciclo que se inicia também. Sim, é uma despedida. Vou ficar aqui quatro meses aguardando ele voltar do curso de formação da Polícia Civil.
Ele aguardou ali três anos para ser chamado por esse concurso, que teve alguns probleminhas por causa da pandemia, então ele foi prorrogado. E chegou a hora dele, a hora dele brilhar. O que ele tanto esperou por esse concurso chegou, e hoje ele se despede da PMPR com chave de ouro.”
Com palavras emocionadas e uma despedida calorosa, o soldado Duarte inicia um novo capítulo em sua trajetória como servidor público. Agora, na Polícia Civil, leva consigo não apenas a experiência de 12 anos de Polícia Militar, mas também o respeito e o carinho de todos que fizeram parte de sua jornada até aqui.