Vítima foi violentamente agredida com tapas, socos e chutes; vídeo revoltou a população. Delegacia concluiu inquérito com indiciamento do pai pelo crime de maus-tratos majorado.
Mais um caso revoltante de violência doméstica veio à tona em Arapongas. Um adolescente, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi brutalmente espancado pelo próprio pai após se recusar a lavar a louça. As agressões — que incluíram tapas, socos e chutes — foram registradas em vídeo por outra criança. Nas imagens, é possível ver o menor completamente indefeso, sem reação, diante de uma verdadeira sessão de espancamento, que configura violência e tortura.
O caso foi revelado pelo repórter André Garcia, do Canal 38, que teve acesso exclusivo ao vídeo e aos desdobramentos da denúncia.
A mãe da vítima, abalada, relatou em entrevista que só soube da agressão por meio da filha, que recebeu o vídeo gravado por uma criança presente no momento. “Assim que o vídeo chegou até mim, eu procurei a polícia. O que foi relatado é que meu filho se recusou a lavar a louça e foi atacado de forma covarde. Ele tem laudo, faz tratamento, precisa de paciência, e não justifica uma agressão como essa. Ele parecia estar brigando com um homem na rua. Meu filho não teve como se defender. Foi desesperador”, desabafou a mãe.
O caso foi imediatamente denunciado à Polícia Civil e encaminhado para a Delegacia da Mulher de Arapongas. Em nota oficial, a unidade informou que concluiu o inquérito com celeridade e responsabilidade, realizando escuta especializada da vítima, análise minuciosa do vídeo e a oitiva de todas as partes envolvidas.
De acordo com a delegada responsável, o pai foi formalmente indiciado pelo crime de maus-tratos majorado, com base no artigo 136, parágrafo 3º do Código Penal. Além disso, foram adotadas providências para garantir a proteção integral do adolescente, com encaminhamento a acompanhamento psicológico e social, em articulação com a rede de apoio infantojuvenil do município.
O inquérito agora segue para análise do Ministério Público e do Poder Judiciário. A Delegacia da Mulher destacou o compromisso com a proteção de crianças e adolescentes e afirmou que seguirá atenta a qualquer violação de direitos.
Esse é mais um flagrante em que o agressor não esperava ser exposto. Indivíduos covardes, que se aproveitam de crianças autistas indefesas, que posam de “machões”, mas só têm coragem de agredir quem não pode se defender. Normalmente, quando se deparam com alguém que possa reagir, mostram o que realmente são: covardes. Deveriam estar atrás das grades; quem sabe lá, deixariam de bancar os “machões”.
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