Um caso de descaso e risco à integridade física de moradores está chamando atenção em Apucarana. Na Avenida Aviação, uma árvore danificada por golpes de machado representa perigo iminente à vida de duas mulheres — uma delas cadeirante — que vivem na residência ao lado. Apesar dos diversos alertas e protocolos já feitos, o Meio Ambiente da Prefeitura de Apucarana segue inerte diante da situação.
Segundo a advogada Miriana Prado, que representa as moradoras, a situação é grave e já foi levada oficialmente aos órgãos competentes. “Meu nome é Miriana Prado, estou aqui em Apucarana, na Avenida Aviação. O que aconteceu é o seguinte: um indivíduo veio de madrugada dar machadadas nessa árvore. Não bastasse isso, ele voltou novamente para tentar derrubá-la. Ocorre que ele fez isso sem autorização — nem dos proprietários da residência, nem da prefeitura, nem de qualquer órgão público”, afirmou.
Na residência vivem a senhora Elvira Lourenço dos Santos e sua filha Ana Maria, que é cadeirante. As duas têm medo de sair de casa, com receio de que a árvore venha a cair a qualquer momento, atingindo pessoas, veículos ou derrubando toda a fiação elétrica do local.
Apesar de diversos protocolos administrativos feitos na Prefeitura de Apucarana, na Copel e diretamente com o setor de Meio Ambiente, a resposta recebida foi que “existem mais de duas mil árvores na frente” e que, portanto, nada poderia ser feito no momento.
Diante da omissão do poder público, a advogada foi enfática:
“Estamos aqui para apresentar a nossa indignação perante essa situação. Se não for resolvido administrativamente, nós vamos ter que entrar com processo judicial. Mas eu gostaria de deixar a minha pergunta aqui para a população e para os entes públicos: será que é necessário nós chegarmos a esse ponto? Não seria um direito do cidadão ter o seu pedido atendido?”, questionou Miriana Prado.
O vídeo chegou na redação do Canal 38, e agora espera-se que, diante da repercussão, o poder público tome medidas urgentes para evitar uma tragédia anunciada. A população também se pergunta: quantos pedidos ignorados precisarão terminar em acidentes para que se tome uma atitude?