A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Apucarana enfrenta um cenário crítico devido à epidemia de dengue. Com uma capacidade projetada para atender entre 200 e 250 pacientes a cada 24 horas, a unidade tem recebido até 650 pessoas diariamente, incluindo mais de cem crianças, o que ultrapassa sua estrutura física e operacional. O sistema pode funcionar em outros lugares, mas na cidade não está dando certo, e a UPA está em colapso.

O projeto da UPA foi desenvolvido há mais de uma década, com arquitetos e engenheiros da prefeitura. A unidade foi inaugurada em fevereiro de 2012 como uma UPA de porte 2, recebendo, em 2023, uma vistoria técnica do Ministério da Saúde, que incorporou ao seu teto para média e alta complexidade. No entanto, a superlotação tem causado graves dificuldades no atendimento à população.

Com a epidemia de dengue, a necessidade de triagem detalhada e a elaboração de planos de hidratação, tem aumentado o tempo médio de atendimento antes mesmo de o paciente passar pela triagem, sobrecarregando ainda mais a equipe médica e de enfermagem.

Diante desse cenário, surgem questionamentos sobre as ações da gestão Rodolfo Mota para enfrentar a crise. Apesar das visitas do prefeito e do secretário de Saúde à unidade, ainda não houve uma decisão concreta para solucionar o problema. Entre as opções avaliadas estão o fortalecimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a abertura de um espaço exclusivo para atendimento de pacientes com dengue.

Profissionais da área alertam que simplesmente aumentar o número de cadeiras ou ampliar o espaço físico da UPA não resolve o problema. O limite estrutural da unidade impede a ampliação da capacidade instalada sem comprometer a qualidade do atendimento. A necessidade de uma ação emergencial é evidente, e a população aguarda medidas efetivas e urgentes para acabar com o colapso no sistema de saúde do município, como a contratação de mais médicos, a reabertura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) no período noturno e nos finais de semana, e a garantia de um atendimento digno e eficiente à população.

A decisão sobre os próximos passos cabe à gestão Rodolfo Mota, mas especialistas e profissionais de saúde reforçam a urgência de medidas concretas para garantir atendimento digno e eficiente à população em meio à crise de saúde pública causada pela dengue e que tende a aumentar com a epidemia na cidade, e não adianta a Gestão Rodolfo Mota fazer novas promessas como se fato estivesse já fazendo algo além de retoricas, até porque o prefeito está sem créditos para promessas futuras, como da abertura do hospital e agora nova promessa abertura da Central da Dengue no mesmo local. Resta saber quando, de fato, as promessas serão cumpridas e qual delas se tornará realidade, já que esta é a segunda destinação anunciada para o mesmo espaço.

A população tem buscado atendimento na Saúde Pública, mas enfrenta grandes dificuldades, com muitos pacientes deixando as unidades sem qualquer assistência. O sistema funciona como um verdadeiro “faz de conta”, e não é por acaso que vidas estão sendo perdidas na cidade — óbitos que poderiam ser evitados com um atendimento adequado.

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