O prefeito de Apucarana, Junior da Femac está no centro de uma polêmica envolvendo o descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público de Apucarana.
O TAC do Prefeito com o Ministério Público tinha como objetivo a exoneração de cargos em comissão na administração municipal. No entanto, conforme denúncias, o prefeito tem ignorado as obrigações acordadas. De acordo com o decreto disponibilizado no portal de transparência da prefeitura de Apucarana na data de hoje, com 4 nomeações retroativas datadas em 08 de fevereiro de 2024, sendo uma delas nomeada em 07/02/2024, consta o nome que está no referido TAC, firmado pelo prefeito Junior da Femac com o MP. Além disso, o prefeito ainda nomeou o servidor para o mesmo cargo na mesma secretaria; em outras situações, o alcaide pelo menos trocou de cargo.
Diversos relatos indicam que servidores foram exonerados e posteriormente recontratados, sem transparência ou publicidade legal adequada. Muitos desses casos envolvem a mesma pessoa sendo nomeada novamente para o mesmo cargo, levantando questionamentos sobre a legalidade dessas ações. Há relatos de servidores que são dispensados e continuam exercendo suas atividades sem receber remuneração através da folha de pagamento, como se isso fosse legal, e outros cujas nomeações não são publicadas, mas constam na folha de pagamento. Um exemplo disso é o caso denunciado, que a reportagem aguardou para verificar o nome na folha de pagamento e a publicação do decreto da nomeação, o que comprovaria o descumprimento do TAC firmado com o Ministério Público, passível de multa.
Essa prática tem sido ainda mais preocupante diante da crise na saúde pública enfrentada pelo município, incluindo falta de médicos, remédios e cirurgias, além de uma epidemia de dengue na cidade a maior do Paraná.
Apesar das mais de cinquenta denúncias e questionamentos que se acumulam há meses, o prefeito parece ignorar a opinião pública e as possíveis consequências legais de suas ações. O silêncio diante das irregularidades, juntamente com denúncias de envolvimento de empresas de sua propriedade e de seus familiares em subcontratação de obras públicas municipais, tem aumentado a desconfiança da população em relação à integridade e transparência da gestão municipal.
O prefeito Júnior da Femac parece não demonstrar preocupação com a opinião pública, tampouco com as questões legais, desrespeitando o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público. Diante das denúncias e questionamentos que se acumulam há 346 dias, desde a primeira denúncia feita pelo Vereador Lucas Leugi sobre o hospital de Apucarana, e mais de cinquenta denúncias do Portal 38 News, a população aguarda um pronunciamento do prefeito Júnior da Femac.
Enquanto isso, a contagem regressiva para o fim do mandato do prefeito Junior da Femac continua, com 307 dias restantes, em meio a uma administração já considerada por muitos como a pior da história do município.