Imagem por: Canal 38

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Apucarana vive um colapso neste domingo (6), reflexo direto da epidemia de dengue que atinge o município e da falta de gestão eficiente por parte da administração Rodolfo Mota. Com a unidade superlotada e sem estrutura suficiente, pacientes aguardam por atendimento em condições precárias.

A reportagem do Canal 38 esteve no local e flagrou a realidade. Em um dos momentos mais chocantes, o repórter Jonatam Battista precisou auxiliar um idoso a colocar sua esposa em uma cadeira de rodas e conduzi-la até o atendimento – serviço que deveria ser prestado por profissionais da unidade. A ausência de servidores capacitados para auxiliar pessoas com necessidades especiais evidencia a inversão de prioridades: ao invés de investir em pessoal de apoio, a administração prefere contratar segurança.

A situação se agrava ainda mais com o avanço da epidemia de dengue. Apesar das visitas do prefeito Rodolfo Mota e do secretário de Saúde à UPA, nada de concreto foi feito até o momento. Não existe previsão de reativação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) no período noturno e nos finais de semana, e a possível abertura de um espaço exclusivo para pacientes com dengue – promessas que, até aqui, permanecem apenas no discurso.

Profissionais da área são unânimes em afirmar que aumentar o número de cadeiras ou expandir fisicamente a UPA não resolve o problema. A estrutura já atingiu seu limite, e a sobrecarga compromete diretamente a qualidade do atendimento. Medidas urgentes, como a contratação de mais médicos e enfermeiros, são essenciais para enfrentar a crise.

Mais uma vez, o prefeito aposta em promessas: primeiro foi a reabertura do hospital, agora a chamada “Central da Dengue”, a ser instalada no mesmo espaço. No entanto, nenhuma das duas saíram da retóricas. A população se pergunta: qual promessa será cumprida – se alguma?

Enquanto isso, moradores continuam procurando atendimento e saindo de mãos vazias. O sistema público de saúde em Apucarana funciona como um verdadeiro teatro de faz de conta. E, no meio dessa encenação, vidas estão sendo perdidas. Vidas que poderiam ser salvas com um sistema digno e eficiente. A população clama por respostas. E medidas concretas. Já passou da hora.

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