O chefe da 16ª Regional de Saúde, Lucas Leugi, concedeu entrevista ao Canal 38 na tarde desta sexta-feira (6) para reforçar o estado de alerta em saúde pública decretado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. A medida visa o enfrentamento das SRAGs — Síndromes Respiratórias Agudas Graves — que já somam 10.635 casos e 523 mortes em todo o estado.

Na 16ª Regional, que abrange Apucarana e região, os números também preocupam: em apenas uma semana, os casos aumentaram de 170 para 218. Dezoito pessoas morreram, sendo 15 idosos, duas crianças (de 3 e 6 anos) e um adulto de 45 anos. A cobertura vacinal na regional é de apenas 42,83%, índice considerado muito abaixo do ideal.

“É lamentável saber que essas mortes são evitáveis. Já distribuímos mais de 100 mil doses, mas menos da metade foi aplicada. Temos vacina, ela está disponível. O que falta é a população ir se vacinar”, afirmou Leugi, ao destacar o papel da vacina como principal ferramenta para conter a evolução das SRAGs.

Diante do avanço dos casos, a Secretaria de Estado está elaborando um plano estadual de ação, e os municípios já foram oficiados para construírem seus próprios planos de enfrentamento locais.

Outro ponto crítico levantado por Leugi é a ocupação dos leitos hospitalares, que já atinge 80% de ocupação por crianças e idosos — justamente o público-alvo da vacinação. “Se essas pessoas não se vacinam, acabam precisando de internação. Em alguns casos, a situação se agrava e exige UTI, podendo levar ao óbito”, alertou.

Fake news preocupa autoridades

Leugi também destacou o impacto das fake news sobre vacinação, principalmente em grupos de WhatsApp. “É triste ver pessoas sem conhecimento científico propagando desinformação que coloca vidas em risco. A vacina é segura, eficaz e salva vidas”, disse.

A Secretaria Estadual de Saúde, sob comando do secretário Beto Preto, está reforçando os mutirões de vacinação e cobrando engajamento dos municípios.

“Estamos fazendo a nossa parte, mas é essencial que a população também colabore. Vacinar é um ato de responsabilidade coletiva”, finalizou Leugi.

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