“Sem pagamento, não há como continuar. Estamos exaustos”, desabafou um médico.

Os servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Apucarana decidiram suspender as horas extras devido aos constantes atrasos nos pagamentos, expondo uma crise que ameaça paralisar o atendimento na unidade. Desde outubro, os funcionários acumulam até 150 horas extras não remuneradas, levando muitos ao limite.

Crise e Insatisfação

Relatos apontam que a gestão municipal prometeu quitar as horas extras junto ao 13º salário, adiando depois para 20 de dezembro. Contudo, nenhuma das promessas foi cumprida. Os trabalhadores denunciam que os recursos destinados às horas extras estariam sendo desviados para acertos com comissionados.

“Estamos na linha de frente, exaustos e desrespeitados. Não temos sequer uma data para receber e estamos no limite. É revoltante”, declarou um funcionário.

Impacto no Atendimento

Atualmente, a UPA funciona com equipes extremamente reduzidas, prejudicando o atendimento à população:

  • 1 técnico de raio-x
  • 4 técnicos de enfermagem
  • 2 recepcionistas
  • 2 profissionais de limpeza
  • 2 enfermeiros
  • 7 médicos, que relatam atrasos de até três meses no pagamento e ameaçam interromper os atendimentos.

“Sem pagamento, não há como continuar. Estamos exaustos”, desabafou um médico.

Efeito Cascata

A crise afeta outros setores da saúde pública em Apucarana, incluindo o combate à dengue, a Unidade Básica Bolívar Pavão, o SAMU e o transporte municipal. Muitos desses serviços também enfrentam atrasos nos pagamentos, com alguns funcionários recebendo apenas metade das horas extras devidas.

Apelo à População

Os servidores pedem compreensão da comunidade diante da situação.

“Estamos lutando por dignidade. Fazemos o possível, mas sem pagamento é impossível continuar”, afirmou uma funcionária.

Embora a administração tenha remanejado servidores de outros setores para minimizar os impactos, o efetivo continua insuficiente e o risco de colapso é iminente.

Posição da Administração

Até o momento, a gestão municipal não apresentou uma solução definitiva para a crise. A situação expõe o descaso com os profissionais que sustentam a saúde pública local.

A pergunta que fica é: até quando o sistema de saúde de Apucarana permanecerá refém da má gestão e do descaso com seus profissionais? Será preciso chegar ao ponto de paralisarem o serviço?

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