Após prometer uma gestão enxuta e eficiente, o prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, já nomeou mais de uma centena de cargos comissionados, contrariando seus próprios discursos de campanha. Entre os nomeados, há diversos integrantes da gestão anterior e pessoas ligadas a vereadores, o que levanta suspeitas de um possível “acordão” político.

Com 86 dias do início do mandato, Mota continua nomeando aliados para cargos comissionados, o que tem gerado intensos debates e críticas por parte da população.

Na última quarta-feira (26), foi publicada uma nova nomeação com data retroativa a 28 de fevereiro e efeitos válidos a partir de 19 de fevereiro de 2025. O cargo atribuído foi o de Assessor Superintendente de Assistência Social, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social (símbolo CC-04). As nomeações, que antes ocorriam individualmente, agora são feitas em lotes e, pelo volume crescente, podem superar os números da gestão anterior.

Críticas da População

A administração de Rodolfo Mota tem sido alvo de severas críticas devido a problemas estruturais que se agravam, incluindo:

  • Superlotação na UPA;

  • Falta de medicamentos, consultas, exames e cirurgias eletivas;

  • Fechamento das UBS no período noturno e aos finais de semana;

  • Triagens nas UBS que resultam em pacientes indo embora sem atendimento;

  • Hospital Municipal fechado, mesmo após um investimento de R$ 25 milhões em dinheiro público;

  • Dívida bilionária da cidade sem um plano claro de pagamento, enquanto os gastos continuam crescendo.

Silêncio e Contradições

Mesmo após 86 dias de gestão e diante de diversas denúncias contra cargos comissionados, Mota segue em silêncio e não tomou medidas contra servidores flagrados em irregularidades. O prefeito, que se apresentava como um gestor de mudanças, já se tornou um dos mais criticados da história recente de Apucarana, repetindo práticas da administração anterior.

Durante a campanha, ele criticou o excesso de cargos comissionados, citando Londrina como exemplo. Segundo Mota, a cidade vizinha, com mais de 600 mil habitantes, possuía apenas 80 comissionados, enquanto Apucarana, com 130 mil habitantes, tinha mais de 300. Agora, no entanto, o prefeito mantém o ritmo acelerado de nomeações, concedendo aumentos salariais para comissionados e perpetuando a velha política que prometeu combater.

Frustração Popular

Apenas dois meses após assumir o cargo, a população já se sente frustrada com mais promessas não cumpridas. “Não podemos aceitar que uma cidade como Apucarana tenha mais cargos comissionados do que Londrina”, dizia Rodolfo Mota durante a campanha. No entanto, sua gestão já ultrapassou a marca de 100 nomeações, com tendência de crescimento.

Além do número excessivo de cargos, as escolhas feitas por Mota também geram polêmica. A nomeação de seus ex-adversários nas eleições levanta questionamentos sobre a continuidade de práticas políticas que muitos esperavam ver encerradas. O ex-prefeito, agora inelegível por oito anos pelo TRE, não pode mais voltar à vida pública pelo voto e, ao que parece, não será também por nomeação, depois da condenação, como seu candidato foi nomeado  secretário nesta Gestão Rodolfo Mota.

O descontentamento com a administração de Rodolfo Mota cresce a cada dia, refletindo o contraste entre suas promessas de campanha e as ações concretas tomadas até o momento. O prefeito prometeu “destravar a cidade e cuidar das pessoas”, mas a realidade aponta para um cenário oposto.

Confira o vídeo: Rodolfo Mota Contraria Promessas de Campanha e Nomeia Mais de Centena de Comissionados, Incluindo Aliados Políticos e Membros da Gestão Anterior:

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