Em entrevista ao Canal 38, o prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, afirmou que a superlotação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ocorre principalmente devido ao grande número de familiares que acompanham os pacientes. “Não dá pra ficar com 40 cadeiras na recepção”, declarou.
O prefeito destacou que a UPA recebe mais de mil pessoas por dia, sendo cerca de 100 a 120 crianças, a maioria acompanhada pelos pais. “Isso já soma cerca de 300 pessoas só para o atendimento pediátrico. E ainda tem o irmãozinho que precisa esperar junto com o pai, do lado de fora, enquanto a criança recebe medicação. Como pedir para uma criança esperar horas dessa forma?”, questionou Mota.
Além disso, o prefeito criticou a estrutura da Clínica Sonho da Criança, que, segundo ele, enfrenta falhas constantes de infraestrutura, como calhas entupidas, vazamentos e problemas no esgoto. “A equipe de manutenção vai lá quase toda semana. A estrutura não está boa e vamos ter que enfrentar isso”, afirmou.
Apesar das críticas e do reconhecimento das limitações físicas das unidades, Mota limitou-se a apontar a falta de cadeiras e a presença de acompanhantes como as principais causas da superlotação.
No entanto, ele não mencionou outras alternativas para ampliar a capacidade de atendimento, como o aumento do número de médicos e funcionários, nem o aproveitamento do novo hospital municipal — construído com investimento de R$ 26 milhões em recursos públicos, mas que está parado devido a picuinhas políticas.