A ativista Renata Borges fez duras críticas à gestão do prefeito Rodolfo Mota durante entrevista ao Canal 38, destacando a falta de transparência e o descumprimento da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011). Segundo ela, a atual administração mantém práticas semelhantes à gestão anterior, como a ausência de devolutivas e o silêncio diante de pedidos formais da população.

“Parece que alguns hábitos são corriqueiros, né? O mesmo hábito da gestão anterior de não dar devolutiva, de não responder e-mail, de não responder oficialmente, acontece nessa atual gestão. Mas o que me preocupa é que o atual gestor é advogado, é professor. Então, no mínimo, ele deveria saber que a Lei de Acesso à Informação precisa ser respeitada”, afirmou Renata.

Renata relatou ter protocolado, ainda no final de janeiro, um pedido de informações à Prefeitura de Apucarana, questionando a possível existência de nepotismo e a qualificação de secretários nomeados. Apesar da formalidade do processo, ela afirma nunca ter recebido resposta, o que motivou uma denúncia ao Ministério Público.

“Eu dei até o nome de dois servidores, perguntando se eram parentes, e também perguntei sobre a qualificação de uma secretária nomeada. Nada foi respondido. Isso é um direito do cidadão. É a lei. Mas a Prefeitura simplesmente ignora.”

A ativista também relatou dificuldades para acessar documentos públicos presencialmente. “Tentaram me barrar de subir para acessar informações. Disseram que eu precisava de autorização para tudo, quando na verdade estamos falando de um órgão público. A Prefeitura virou uma casa da mãe Joana”, criticou.

Ainda segundo Renata, o Ministério Público chegou a reiterar o pedido de informações, mas mesmo assim não obteve resposta da Prefeitura. Diante das irregularidades, ela estuda entrar com uma Ação Popular para responsabilizar os gestores por possíveis violações legais.

“A partir do momento que você protocola um pedido em janeiro e chega abril sem resposta, além de estarem violando a lei, há fundamento para um processo administrativo ou até um processo de afastamento. A gestão precisa respeitar a lei.” disse Renata Borges.

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