Em meio à tensão com a base do prefeito Rodolfo Mota, professores questionam a discrepância nas decisões de ponto facultativo, enquanto a proposta de redução de férias nas creches e CMEIs provoca indignação na categoria.

Em uma movimentação que está gerando grande repercussão, o vereador da base do prefeito, Wellington Gentil, suplente do vereador Deco nomeado secretário da Gestão Rodolfo Mota, apresentou um requerimento na Câmara Municipal de Apucarana com o objetivo de obter informações sobre o período de férias escolares das creches e CMEIs da cidade. O alvo seria à redução do período de férias das professoras da Educação Infantil, tem gerado indignação no meio educacional.

O requerimento solicita que o prefeito revele se o período de férias das instituições de educação infantil é o mesmo das demais escolas municipais e se existe a possibilidade de diminuir esse tempo caso sejam feitas adequações nas equipes de trabalho. A justificativa para a solicitação, segundo o vereador, é que muitas famílias, especialmente as de crianças menores, enfrentam dificuldades durante as férias das creches, precisando interromper seus trabalhos ou buscar alternativas onerosas para cuidar dos filhos.

A proposta, que já recebeu críticas intensas do Sindicato dos Servidores Públicos de Apucarana (SINDSPA), gerou um clima de tensão entre os educadores. O sindicato emitiu uma convocação urgente para os profissionais do magistério infantil comparecerem à Câmara Municipal nesta terça-feira, a partir das 18 horas, para se manifestarem contra a tentativa de redução das férias. “Nenhum direito a menos, nenhum dia de férias a menos!” afirmou o SINDSPA em sua convocação, reiterando a importância da manutenção dos direitos dos professores, especialmente em um momento onde a educação já enfrenta desafios.

De acordo com um dirigente do SINDSPA, a proposta de redução das férias não é nova e já havia sido apresentada pelo ex-vereador e atual vice-prefeito, Marcos da Vila Reis, mas foi rejeitada à época. A movimentação para ressuscitar a proposta agora, segundo o sindicato, é considerada uma tentativa de enfraquecer os direitos dos educadores e prejudicar as crianças, que, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), também precisam de períodos de descanso para o seu desenvolvimento.

A sessão de votação do requerimento promete ser um dos eventos mais polêmicos da política local, com o risco de um confronto entre a base governista e os profissionais da educação. A presença dos educadores nas galerias da Câmara Municipal é esperada, enquanto as negociações sobre o futuro das férias das professoras de educação infantil seguem no centro do debate.

Expectativa e Repercussão Com a mobilização do Sindicato e a promessa de um confronto na Câmara Municipal, a comunidade educacional de Apucarana está atenta aos próximos passos do vereador e do prefeito.

 

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