Enquanto centenas de servidores enfrentam cortes em seus benefícios, alguns continuam a receber funções gratificadas sem justificativa clara, gerando revolta e críticas à gestão de Rodolfo Mota. O prefeito deveria revogar o decreto e restabelecer as gratificações para aqueles que realmente têm direito e exercem as funções, garantindo que os benefícios sejam concedidos de forma justa.

O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), está enfrentando críticas após um decreto publicado em 2 de janeiro de 2025, logo após sua posse, que revogou as funções gratificadas de servidores municipais. Segundo Mota, o objetivo seria reduzir excessos e realizar uma reorganização administrativa. Contudo, a revogação não foi completamente aplicada na prática, gerando uma onda de críticas por parte dos servidores municipais.

Revogação Parcial

Mota justificou a revogação, destacando que, entre os mais de 3 mil servidores, havia um número elevado de funções gratificadas, algo que considerou excessivo. Ele afirmou que a medida não visava cortes de gastos imediatos, mas uma reorganização interna, com cada caso sendo analisado individualmente. Contudo, a realidade parece diferente: mesmo sem um novo decreto, alguns servidores seguem recebendo gratificações. Um exemplo flagrante envolve um assistente de Atendimento, que manteve 15% de gratificação, além de outros que chegam a receber até 60% a mais.

Desigualdade e Críticas Crescentes

A principal crítica à decisão de Mota é a disparidade nos pagamentos. Servidores que já enfrentam dificuldades financeiras, muitos dos quais recebem pouco mais de um salário mínimo, tiveram suas funções gratificadas cortadas, enquanto outros, aparentemente sem justificativa para a continuidade do benefício, mantiveram os pagamentos. Essa disparidade gerou indignação e desconfiança, levando funcionários a denunciar a situação, enviando holerites para a imprensa e revelando a continuidade dos pagamentos sem respaldo de um novo decreto.

Desafios na Gestão Municipal

Além dessa polêmica, o prefeito enfrenta outras críticas relacionadas à sua gestão, especialmente no setor da saúde. A implementação do Novo Modelo de Atendimento, que resultou no fechamento de postos de saúde durante a noite e finais de semana, tem sido alvo de críticas, assim como a escassez de médicos, medicamentos e serviços essenciais. Ao mesmo tempo, o governo tem sido questionado por priorizar grandes eventos festivos, com mais de R$ 2 milhões em gastos, em detrimento da infraestrutura e saúde pública.

Siga-nos nas redes sociais:

Compartilhe: