Com o término de seu mandato se aproximando, o prefeito de Apucarana, Júnior da Femac, segue promovendo nomeações de aliados políticos para cargos comissionados, incluindo candidatos a vereador que não foram eleitos nas últimas eleições. As nomeações têm gerado intenso debate e críticas por parte da população.

A nova nomeação publicada na quarta-feira em 27 de novembro, com data retroativa inacreditável em 14 de outubro, atribuiu o cargo de Assessor de Secretário de Serviços Públicos, junto à Secretaria Municipal de Serviços Públicos (símbolo CC-02) a outro candidato a vereador. A decisão reforça a ligação política da nomeado com a atual administração.

Acusações de Favorecimento Político

Esse movimento tem sido interpretado como uma estratégia para recompensar aliados políticos que participaram da campanha eleitoral. Críticos apontam que essas ações desrespeitam o desejo de mudança expressado nas urnas. Apesar de derrotado, o grupo político de Junior da Femac continua agindo como se houvesse uma continuidade administrativa, evidenciando o que muitos enxergam como uma tentativa de manter influência política mesmo fora do poder.

Enquanto isso, o prefeito eleito, Rodolfo Mota, disse ao Canal 38 que solicitou a exoneração de todos os cargos comissionados até o final de 2024 e cobrou a regularização de pendências trabalhistas da gestão anterior. Contudo, a ausência de críticas explícitas de Mota ou de sua equipe de transição às nomeações recentes levanta suspeitas sobre um possível alinhamento entre antigos adversários políticos, reforçado por gestos de conciliação pública.

Problemas Herdados e Reações da População

A gestão Junior da Femac enfrenta críticas severas devido a uma série de problemas estruturais, incluindo:

  • Atrasos nos pagamentos de médicos da UPA;
  • Falta de cirurgias eletivas, medicamentos e superlotação no sistema de saúde, agravados por condições precárias nas unidades de atendimento;
  • Investigações de irregularidades em obras públicas e suspeitas de favorecimento a empresas ligadas ao prefeito e sua família.
  • Impedimento de Fornecimento de Alvará para o Hospital da ACEA Prejudica Iniciativas em Prol da Saúde Pública

Implicações Jurídicas

Além das questões administrativas, Junior da Femac está sendo investigado pelo Ministério Público por descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que previa a substituição de cargos comissionados por servidores concursados. Recentemente, o MP abriu novo procedimento para apurar a legalidade das nomeações realizadas nos últimos meses, além de avaliar a criação de cargos por leis específicas da gestão.

Silêncio Persistente e Fim de Mandato

Mesmo após 626 dias desde as primeiras denúncias contra sua administração, incluindo irregularidades em obras públicas e supostos favorecimentos a empresas familiares, Junior da Femac continua em silêncio. Com apenas 32 dias de mandato restantes, ele se aproxima do final de sua gestão sem responder às 61 denúncias acumuladas, consolidando sua imagem como um dos gestores mais criticados da história de Apucarana.

Embora o prefeito Junior da Femac não tenha sido declarado inelegível pela Justiça, seu futuro político parece incerto, e o julgamento popular nas urnas indica que dificilmente retornará à vida pública por meio do voto popular.

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