A Polícia Civil de Apucarana prendeu, na última sexta-feira (18), três homens envolvidos com uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas. Entre os detidos está um policial penal do Paraná, que, segundo as investigações, participava ativamente do transporte de grandes quantidades de entorpecentes.
A operação é resultado de uma linha investigativa iniciada há mais de um ano, após uma grande apreensão de maconha nas proximidades da BR-376, próximo à Vila Reis, no município de Apucarana.
De acordo com o delegado adjunto e operacional da 17ª Subdivisão Policial, Dr. André Garcia, a investigação teve início no dia 22 de fevereiro de 2024, quando policiais civis apreenderam aproximadamente 250 quilos de maconha transportados em uma Parati.
“Tudo começou com uma apreensão feita por policiais civis aqui de Apucarana, durante uma operação de saturação, uma ação de repressão ao tráfico. Na ocasião, nossos agentes abordaram um veículo com 250 quilos de maconha em seu interior. O condutor foi preso em flagrante e autuado aqui na delegacia. Apesar da grande quantidade, nosso trabalho não parou por ali”, explicou o delegado.
Com o avanço das diligências investigativas, a equipe chegou a dois novos nomes ligados à ocorrência, ambos suspeitos de estarem viajando com o preso no dia da apreensão. Um deles já é um conhecido traficante da cidade, e o outro, para a surpresa da equipe, era um policial penal em atividade no estado do Paraná.
“Ele não foi preso naquele dia porque estava em outro carro e conseguiu fugir da abordagem, mas conseguimos identificá-lo. Eu representei pela prisão preventiva dos três envolvidos, inclusive daquele que havia sido preso e já se encontrava em liberdade”, detalhou o delegado.
Na operação deflagrada na sexta-feira passada, os três suspeitos foram capturados: um em Apucarana, outro na cidade de Naviraí, no Mato Grosso do Sul — onde está detido na Penitenciária de Segurança Máxima — e o policial penal foi preso dentro da unidade prisional onde trabalhava, no Noroeste do estado. Ele foi transferido para outra unidade e segue preso de forma provisória.
Dr. André Garcia destacou que o trabalho continuará com força total, pois há fortes indícios de que o grupo faz parte de uma organização criminosa estruturada, que atua trazendo grandes carregamentos de droga da fronteira para o norte do Paraná.
“Temos bastante convicção de que se trata de uma organização criminosa muito bem estruturada, que tem por escopo trazer grandes quantidades de maconha da região de fronteira para o norte do Paraná, especialmente para Apucarana”, reforçou.
O delegado também fez questão de exaltar o apoio recebido por parte da própria Polícia Penal ao longo das investigações.
“Tivemos o total apoio da Polícia Penal, especialmente do setor de inteligência, que participou das apurações e nos deu todo o suporte necessário. É importante frisar que o comportamento desse sujeito está completamente fora do padrão dos policiais penais do Paraná, que prestam um serviço de excelência. A própria instituição tem interesse em não manter nos seus quadros uma pessoa que um dia atua na segurança de um presídio e no outro no tráfico de drogas.”
A investigação prossegue para identificar outros possíveis envolvidos e desarticular totalmente a estrutura criminosa que atua na região.