Sete pessoas foram detidas nesta terça-feira, (12), em uma operação da Polícia Federal (PF) que desarticulou uma organização criminosa envolvida no transporte de armas e drogas em meio a cargas de carne suína.
A ação, denominada ‘Operação Impura’, ocorreu no oeste do Paraná e é uma continuidade das investigações iniciadas em julho deste ano, após a apreensão de um caminhão frigorífico contendo 3,3 toneladas de maconha e 82 armas de fogo.
Os mandados de prisão foram cumpridos durante a manhã, resultando na detenção do motorista, auxiliares, intermediários das armas e drogas, além do responsável pela empresa de transporte rodoviário que realizou os fretes e dois vigilantes de segurança privada. Duas pessoas com mandados de prisão preventiva ainda não foram localizadas e são consideradas foragidas.
A investigação, conduzida pela PF em conjunto com a Justiça Federal de Londrina, no norte do Paraná, resultou também na execução de dez mandados de busca e apreensão, sendo nove no estado paranaense e um no Rio de Janeiro, em endereço associado ao comprador das armas.
A origem da operação remonta à prisão de um indivíduo em Cambé, no norte do Paraná, em posse de um caminhão frigorífico com substancial carga ilícita. No entanto, para evitar a atenção das autoridades, o transporte contava com documentação regular, e os ilícitos eram ocultados entre cargas legítimas de carne suína.
A polícia concluiu que a organização criminosa trazia drogas e armas de países da fronteira, utilizando Foz do Iguaçu como ponto de entrada no Brasil. As cargas eram destinadas principalmente ao Rio de Janeiro e São Paulo. O método de ocultação, utilizando cargas regulares de carne suína com notas fiscais, conhecimento de transporte eletrônico (CTE) e lacre, dificultava a identificação dos produtos ilegais.
A empresa proprietária do caminhão utilizado no transporte foi considerada regular pela polícia, sem envolvimento nos crimes em questão. A operação evidencia a complexidade e a criatividade das organizações criminosas na busca por métodos cada vez mais sofisticados para a prática de atividades ilícitas. A PF continua investigando para identificar outros possíveis envolvidos e desmantelar completamente a rede criminosa.