A Rua Emiliano Perneta, no Jardim Ponta Grossa, em Apucarana, tornou-se cenário de descaso e indignação após as recentes chuvas que agravaram as condições de uma via já comprometida. Os moradores, que enfrentam dificuldades diárias para transitar pela região, expressam sua revolta diante do que consideram um abandono por parte da gestão municipal.
Jecelia Morais, de 56 anos, moradora há cinco anos no local, descreve a situação com angústia. “Quando chove, a água entra dentro de casa. Não dá para sair. Depois que fizeram a calçada lá em cima, piorou. Tudo o que está no chão está estragando. Colchão, móveis… é um prejuízo atrás do outro”, desabafa ela, apontando para os danos causados pela água acumulada.
A moradora também reclama da demora para uma solução definitiva. “Eles só vem tirar foto e vão embora. Não resolvem nada. Estamos largados. A chuva arrastou até os cavaletes que colocaram aqui para sinalizar. Os carros passam, os caminhões quebram mais o asfalto. Como vamos viver assim?”, questiona.
Obras Recentes Já Mostram Problemas
O pavimento, que teria sido recuperado há poucos meses, cedeu novamente com o volume das chuvas, criando buracos que tornam a rua intransitável. A primeira tempestade já havia causado estragos significativos, mas o temporal mais recente abriu novas crateras.
Além disso, a sinalização improvisada pelos moradores, como cavaletes e galhos, é constantemente levada pelas chuvas ou atropelada por veículos. “Cada dia que passa, piora. Eles só vão resolver isso na próxima gestão. Estamos esquecidos”, afirma outra moradora.
A indignação não se limita aos danos físicos, mas também à falta de respostas e ações da administração pública. Segundo moradores, “fizeram um serviço superficial, só para mostrar na época de eleição. Agora, tudo está desmoronando. A prefeitura gasta com o centro, mas esquece dos bairros”.
Enquanto isso, a comunidade tenta se proteger como pode, mas o sentimento de abandono é evidente. “Não queremos promessas. Queremos ação. Não dá mais para viver nessa situação”, conclui a moradora.
