“Mesmo com dores intensas causadas por miomas uterinos, continuo trabalhando e sustentando minha casa”, diz Débora, que afirmou ter buscado ajuda diretamente com secretário e até com o próprio prefeito Rodolfo Mota, mas sem obter retorno. Mesmo debilitada, ela afirma que não pode parar de trabalhar, pois sustenta a casa sozinha.

“O sistema público simplesmente não está nem aí para a minha saúde”, desabafa Débora, de 46 anos, que segue trabalhando, apesar das limitações físicas e emocionais.

Débora Cristina da Silva, de 46 anos, usou as redes sociais neste final de semana para relatar o que considera um grave caso de abandono por parte da gestão municipal. Em uma carta aberta, ela revelou que convive há meses com dores intensas, sangramentos, inchaço abdominal e abalos psicológicos provocados por miomas uterinos severos. Após diagnóstico realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), foi indicada para uma histerectomia, com a cirurgia já autorizada.

No entanto, segundo a paciente, documentos importantes como a guia cirúrgica e o encaminhamento médico foram extraviados, o que travou totalmente o andamento do tratamento.

“Desde então, tento atendimento na autarquia e na UBS, mas sou ignorada, negada e empurrada de um lado para o outro”, afirmou em sua publicação.

Débora disse ainda ter buscado ajuda diretamente com secretários e até com o próprio prefeito Rodolfo Mota, mas sem retorno. Mesmo debilitada, afirma que não pode parar de trabalhar, pois sustenta sozinha a casa.

Ao final de seu desabafo, ela pede apoio da população para que sua história não passe despercebida:

“Vamos fazer barulho! Não aceito mais ficar invisível enquanto meu corpo pede socorro.”


Críticas à Gestão Rodolfo Mota Aumentam nas Redes

O relato de Débora reacendeu a onda de críticas à administração municipal. Durante a campanha, Rodolfo Mota prometeu resolver os gargalos da saúde pública e garantir acolhimento digno aos que dependem do SUS — promessas que, segundo moradores, não vêm sendo cumpridas. Ele também criticava a perda de consultas e afirmava que isso não voltaria a ocorrer caso fosse eleito. No entanto, essa se tornou mais uma promessa não cumprida, assim como a maioria delas.

A insatisfação também cresce dentro da própria base política do prefeito. Após ser eleito, antigos aliados foram deixados de lado, enquanto ex-opositores passaram a ocupar cargos estratégicos na gestão. Um dos casos mais comentados é o do ex-concorrente na eleição para prefeito, conhecido como “Recife”, que atualmente ocupa o cargo de secretário de Cultura.

Nos bastidores, o descontentamento é geral, e Rodolfo Mota vem acumulando recordes negativos e de impopularidade em comparação com administrações anteriores.

Com a indignação crescente, muitos apucaranenses afirmam que a única resposta possível virá nas próximas eleições. Já se passaram seis meses, e restam 1.288 dias para o fim do mandato da gestão Rodolfo Mota.

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