A saúde pública em Apucarana enfrenta uma grave crise. Após denúncias de atrasos nos salários dos médicos, agora são os funcionários da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que relatam insatisfações com a administração do prefeito Júnior da Femac. Segundo o vereador Lucas Leugi, diversos trabalhadores apontaram atrasos no pagamento de horas extras e até mesmo de salários, apesar de alguns médicos terem recebido parte dos valores após denúncias anteriores.
De acordo com os relatos, muitos profissionais da UPA e do SAMU não receberam sequer metade das horas extras realizadas. A situação é ainda mais crítica devido à escassez de pessoal, o que tem levado os trabalhadores a cobrirem faltas de colegas. “A gestão faz isso e o povo tá furioso. Imagina como vai ficar a população quando souber o que está acontecendo?”, questionou um dos denunciantes.
Além disso, há relatos de que alguns médicos ainda não receberam seus salários referentes ao mês de setembro, ampliando a insatisfação entre os profissionais. Os trabalhadores também destacam a ausência de um plano de contingência eficaz por parte da administração municipal, especialmente neste período pós-eleitoral. “Não vi nenhum plano de contingência relacionado aos comissionados, nem soluções efetivas para resolver esses problemas.
A insatisfação é generalizada. Muitos profissionais afirmam que, se a situação não for regularizada, irão cessar as horas extras. “Os funcionários da UPA não vão continuar fazendo horas extras. Vão parar, porque não recebem nem pelo que já fizeram”, reforçou um trabalhador.
Os denunciantes pintam um cenário de descaso e precariedade, em que os poucos funcionários ainda em atividade não estão recebendo de forma justa ou regular. “Só pagaram metade das horas extras de novo. Não tem funcionário para trabalhar, e não pagam os que têm. Isso é inadmissível!”, desabafou outro profissional.
Diante da gravidade da situação, aumenta a pressão sobre o prefeito Júnior da Femac. O vereador Lucas Leugi afirmou que os trabalhadores pretendem levar o caso ao Ministério Público, buscando respostas concretas e ações que garantam os direitos dos servidores e a qualidade do atendimento à população.
Com apenas 32 dias restantes para o fim da gestão de Júnior da Femac, considerada por muitos como a pior da história de Apucarana, o prefeito segue sendo criticado. Apesar da crise, ele continua nomeando cargos comissionados de aliados políticos, agravando a insatisfação geral.