Com 57 denúncias publicadas pelo Portal 38 News, envolvendo o prefeito Júnior da Femac e empresas ligadas a ele e seus familiares, o silêncio do alcaide já dura 547 dias desde a primeira acusação sobre a reforma do prédio do novo hospital “Postão” de Apucarana. A conhecida expressão “quem cala, consente” reflete a pergunta que muitos fazem: por que ele não se defende das graves acusações? Com apenas 111 dias restantes de mandato, sua gestão é considerada por muitos como uma das piores da história de Apucarana.
Nomeações em meio à crise
A cidade enfrenta uma dívida municipal superior a R$ 1 bilhão, sem certidão liberatória do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e uma grave crise na saúde pública. Apesar disso, a gestão de Júnior da Femac continua nomeando cargos comissionados. Um exemplo recente foi a nomeação de um Assessor de Superintendente de Indústria e Comércio, com cargo de confiança (CC-04), em meio a essa situação de emergência. A nomeação, feita em 21 de agosto de 2024, tem gerado críticas quanto à transparência da administração e sua falta de conexão com as prioridades da cidade.
Crise na saúde pública
O sistema de saúde de Apucarana está à beira do colapso. O único hospital enfrenta reclamações da população, enquanto a UPA sofre com a falta de médicos, medicamentos, exames e cirurgias eletivas. Em meio a essa situação alarmante, a população questiona a decisão de nomear novos comissionados e aumentar seus salários, em vez de investir na saúde pública. A pergunta recorrente é se esses recursos estão sendo usados para atender às necessidades da população ou para acomodar interesses políticos.
Desafios e críticas à gestão
A administração de Júnior da Femac tem sido fortemente contestada por não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, que exige a convocação de aprovados em concursos públicos em vez da nomeação de comissionados. A Lei usada para essas nomeações está sendo questionada no Tribunal por sua inconstitucionalidade, conforme apontado pelo Procurador-Geral de Justiça.
O silêncio e o futuro político
Com a cidade em crise e 57 denúncias de irregularidades, o prefeito permanece em silêncio, o que tem aumentado as especulações e a pressão política. Faltando apenas 111 dias para o fim de seu mandato, Júnior da Femac se encontra em um cenário desafiador. A resposta a essas acusações e sua postura frente às crises definirão o futuro político do prefeito, que já é considerado por muitos como o líder de uma das gestões mais criticadas da história de Apucarana.